Opinião

José Castro: Como aproveitar a oscilação do dólar?

07 dez 2018, 14:00 - atualizado em 07 dez 2018, 14:12

José Castro, autor da série Trading Journal na Inversa Publicações

Após atingir uma máxima de R$ 3,840 no dia 13 de novembro, saindo temporariamente da congestão que se arrastava desde outubro (entre 3,700 e 3,800), o dólar rompeu esse nível (R$ 3,840) no dia 26 de novembro subindo mais de 2% e alcançando R$3,946.5.

Ao ultrapassar o nível de R$ 3,840, a moeda norte-americana entrou numa tendência de alta no curto prazo.

Associado a este rompimento, a média móvel curta (21 períodos, linha vermelha) já se encontra posicionada abaixo do gráfico de preços mostrando uma possível consolidação da tendência de alta.

– Resistência: 3,946.50
– Suporte: 3,733.00

Com atuação do Banco Central para conter a forte volatilidade observada no dia 26 de novembro, e que se estendeu por toda a semana passada, a moeda norte-americana cedeu um pouco para o nível dos R$ 3,820, porém voltou a ganhar um pouco de força nos últimos quatro dias, com pressão dos investidores para fechamento da taxa Ptax (R$ 3,8633) na sexta-feira (30/11).

A remessa ao exterior também pressiona dólar para cima com saídas de investidores estrangeiros devido ao “efeito calendário”, normal para essa época do ano.

Dentre os fatores internos que contribuem para um câmbio mais volátil, prossegue a inquietação com a proposta de fatiamento da reforma da Previdência e a sugestão de integrantes do novo governo de que não há urgência na aprovação.

O fluxo cambial de novembro foi negativo: US$ 6,614 bilhões.

O Banco Central informou que houve saída de US$ 12,987 bilhões pela via financeira e entradas de US$ 6,373 bilhões pelo segmento comercial. No acumulado do ano, o fluxo total está positivo em US$ 11,761 bilhões.

Além disso, o Banco Central já anunciou para o mês de dezembro a rolagem dos contratos de SWAP com vencimentos em janeiro de 2019 para datas futuras (maio, julho e novembro de 2019) que pode chegar a 10,4 bilhões de dólares.

Isso não significa que o dólar vai cair ou mudar a sua tendência, porém suaviza possíveis movimentos mais fortes para cima, já que os contratos de SWAP equivalem a venda da moeda norte-americana, dando liquidez aos players do mercado que desejam ficar comprado no ativo.

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