Colunista Vitreo

Jojo Wachsmann: Sanduíche completão — uma semana recheada de notícias políticas

08 fev 2021, 10:04 - atualizado em 08 fev 2021, 10:04
Câmara reunindo-se para votar a autonomia do Banco Central / O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel (2001) (Imagem: Reprodução)

Bom dia, pessoal!

Em semana de várias emoções, investidores voltam a ficar apreensivos com a política brasileira, verificando prova de fogo no horizonte. O Brasil poderá se descolar do exterior a depender dos resultados entregues em Brasília.

Claro, resultados corporativos também têm seu impacto. Hoje, as Bolsas abrem em alta modesta na Europa, com futuros americanos acompanhando o movimento.

O cenário internacional, ao menos de manhã, não parece problemático. A ver…

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BC, Petrobras e auxílio emergencial

Em semana importante para Bolsonaro, investidores deverão focar sua atenção na votação da autonomia do Banco Central, marcada para quarta-feira (10) na Câmara.

Prova de fogo entre o governo Bolsonaro e o Centrão (Imagem: Cleia Viana/Câmara dos Deputados)

Será aí que veremos se o governo de fato poderá contar com o apoio de sua mais nova pouco ortodoxa aliança com o Centrão, a qual animou o mercado na semana passada, mas que já gerou atritos.

Enquanto isso, também ficaremos atentos a eventuais novidades a respeito da tributação sobre os preços da gasolina. Isso se dá por três movimentos:

i) não sabemos se a iniciativa conseguirá frear a tentativa de greve por parte dos caminhoneiros;

ii) como financiaremos esse corte de imposto e qual o impacto disso na bomba fiscal já preparadinha; e

iii) qual atrito a proposta gera entre os Estados, dificultando o Novo Pacto Federativo, e sobre a possibilidade de ingerência política na Petrobras. Uma mudança dramática na política de preço pode ser algo problemático.

Por fim, vale ficar de olho amanhã na instalação da Comissão Mista de Orçamento para novidades sobre um eventual novo auxílio emergencial (três parcelas de R$ 200 parece ser o cenário mais provável).

Reconciliação orçamentária e uma pitada de China

O presidente dos EUA falou em competição com a China de maneira mais explícita (Imagem: Reuters/Jason Lee)

Os mercados estão mais otimistas com as perspectivas de apoio fiscal dos EUA após um relatório de emprego mais fraco do que o esperado. O Congresso conseguiu passar a reconciliação orçamentária, que possibilitará a Biden aprovar seu pacote de estímulos com maioria simples.

Claro, neste caso não teremos, em um primeiro momento, aquele pacotão esperado, mas pelo menos isso evita um desgaste muito grande derivado de negociações com os republicanos. O pacote vem picotado e menor, mas pelo menos virá.

Enquanto isso, o presidente dos EUA também falou em competição com a China de maneira mais explícita, seguindo as regras internacionais de trânsito. A indireta de que a China não estaria jogando conforme as regras do comércio internacional não é de hoje e poderá ser reciclada de maneira mais amena, agora sem Trump.

Provavelmente, haverá maiores expectativas de uma mudança na política entre os investidores asiáticos do que nos EUA. Neste contexto, retórica importa bastante.

Anote aí!

Mesmo que a semana seja um pouco mais agitada, o dia de hoje, em si, tem apresentação mais modesta, contando predominantemente com resultados corporativos para dar tempero. Aqui no Brasil, vale dar uma olhada no tradicional relatório semanal Focus, do Banco Central.

Na Europa, destaque para o índice de confiança do investidor, que acabou de sair abaixo da expectativa (ainda não fez preço, pelo menos), e fala de Christine Lagarde mais tarde. Na terra do Tio Sam, chama a atenção apenas o indicador com tendência do emprego.

Para a semana, no exterior, os investidores focarão nos resultados trimestrais mais robustos, nas expectativas de estímulo fiscal e no impacto de um processo mais amplo de vacinação.

Muda o que na minha vida?

O que esperar despois de um janeiro fraco nos mercados?(Imagem: Reuters/Mike Segar)

Despois de fechar janeiro com a pior semana desde outubro, as ações registraram sua semana mais forte desde novembro, com o S&P 500 (SPX) e o Nasdaq (US100) atingindo novos recordes, enquanto os investidores esperavam que um relatório de empregos fraco em janeiro aumentasse a probabilidade de outro grande pacote de alívio fiscal — pode soar contraintuitivo, mas dados mais fracos têm tido efeito positivo sobre ativos de risco, pois sinalizam para Washington a necessidade de estímulos, o que aumenta a chance de aprovação do pacotão.

Com isso, os investidores foram encorajados por resultados corporativos surpreendentemente bons, por notícias de que um aumento recente de novos casos de coronavírus está arrefecendo e pelo progresso na distribuição de vacinas cada vez mais aprimorado (inclusive no Brasil).

Veja, a atividade econômica ainda está abaixo dos níveis registrados antes da pandemia. É provável que continue assim por algum tempo. No entanto, a atividade industrial global está acima dos patamares pré-pandêmicos.

Assim, muitos financistas esperam que a economia mundial cresça este ano, após uma contração no ano passado por causa da pandemia. As nações asiáticas voltadas para as exportações, por exemplo, como Japão, Coréia do Sul e China, deverão obter um grande impulso com a recuperação.

Bom para o Brasil, que tem como seu principal parceiro comercial a China.

Fique de olho!

O Fundo Verde está voando!

A gente já sabia que a abertura para captação de recursos para o Verde, do genial Luis Stuhlberger, seria positiva. Mas ver tanta gente interessada em investir na tese de uma só vez é algo que chama atenção mesmo, não tem jeito.

Pela velocidade com que os recursos têm sido transferidos para a nossa plataforma, a gente acredita estarmos perto de alcançar o capacity do nosso veículo para investir no Verde, ou seja, de alcançar o limite da captação de novos recursos do nosso fundo.

Quando isso acontecer, o Verde vai fechar.

Depois de fechado, não fazemos ideia de quando ele será aberto de novo.

E dizemos isso porque, até semana passada, o Verde esteve fechado desde 2018, quando abriu para captação por apenas 2 dias.

Abertura breve. Fechamento longo.

Ele, que é um produto premium e que já entregou mais de 18.700% de rentabilidade bruta de impostos desde o seu lançamento, em 1997, é muito cobiçado e concorrido entre os investidores. Fama que se justifica por todos esses resultados, mesmo que lucros do passado não sejam garantias de lucro no futuro, como diz o nosso mantra.
É por isso que estamos escrevendo para você agora.

A gente quer que você consiga investir no Verde através do nosso veículo, caso isso faça sentido para o seu perfil de investimentos e você queira esse fundo super celebrado em sua carteira.

Mas para conseguir fazer parte disso, como você já deve ter percebido, você precisa se apressar.

Lembrando que o valor mínimo para entrar nesse fundo tão querido é de R$50 mil, e os aportes adicionais e saldo mínimo para permanência nele são de R$10 mil. Valores definidos pela própria Verde. Ah! Importante. O fundo não é restrito ao investidor qualificado. O investidor de varejo pode entrar.

Esperamos que você consiga aproveitar a oportunidade a tempo.

[EU QUERO INVESTIR NO FUNDO VERDE]

Um abraço,

Jojo Wachsmann