Jojo Wachsmann: O dia já vem raiando, meu bem
Bom dia, pessoal!
Os mercados seguiram em alta no Brasil e no mundo. A temporada de resultados no exterior tem reservado boas novidades para os investidores, com números acima do esperado em nomes de peso.
Ontem (2), tivemos uma entrega positiva de Amazon (AMZN) e Alphabet (GOOG), que subiram bastante no after hours — a expectativa em torno desse resultado já vinha animando a Bolsa ao longo da terça-feira.
Agora, nesta quarta, os mercados europeus abrem mais uma vez em elevação, na sequência de uma alta mais modesta dos futuros americanos. A ver…
A espera pela agenda prioritária
Enquanto os resultados do quarto trimestre já começam a sair e influenciar o mercado (depois do Itaú, hoje teremos Santander e Bradesco), investidores também ficam na expectativa pelo anúncio da agenda prioritária do novo Congresso, que deverá ser apresentada agora pela manhã — grande é a esperança de que os cem primeiros dias de Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e de Arthur Lira (PP-AL) sejam de bastante agitação.
Adicionalmente, a chegada ao Brasil de insumos para a produção da CoronaVac sustenta o tom de maior otimismo em relação ao processo de vacinação — o bom andamento até aqui fez com que o governo de São Paulo flexibilizasse o tom e já cogitasse suspender as restrições impostas às noites e aos finais de semana.
A agenda econômica (comentaremos abaixo) também é importante, principalmente depois da atividade melhor do que o esperado ontem — subiu 0,9% em dezembro, fechando 2020 com queda de 4,5%.
Os cem primeiros dias
O presidente Biden negocia incessantemente um possível modelo de aprovação rápida para seu pacote de estímulos, mesmo que isso o desidrate em certa medida. Paralelamente, o líder americano também se preocupa com os problemas enfrentados nas cadeias de suprimentos de seu país ao longo da pandemia, principalmente em função da dependência de fornecedores estrangeiros.
Vivemos em um mundo complexo e dinâmico, fruto da terceira revolução industrial e da globalização; naturalmente, haveria interdependência dos países em uma escala global e eventuais disrupções chamariam a atenção para possíveis rachaduras no sistema.
Paralelamente, ainda que isso gere certa cautela nos mercados, não deveremos ter algum resultado muito forte dessa dinâmica em um primeiro momento. O motivo? A reunião do Fomc da semana passada reforçou nossa visão de que as taxas reais dos EUA devem permanecer negativas nos próximos anos.
Embora a flexibilização por parte dos bancos centrais aumente o desafio para os investidores que buscam maiores retornos (por arbitragem, todos os retornos da economia também caem), ela também impede correções brutais dos mercados — estouros de bolhas são precedidos de alta dos juros.
Europa sob o holofote
Em dia com agenda importante, principalmente em função dos preços verificados no continente europeu, a Itália parece ter finalmente chegado a uma solução interessante para seu impasse político.
Ao que tudo indica até agora, o ex-presidente do BCE, Mario Draghi, será convidado a chefiar um governo tecnocrata depois da renúncia da administração anterior.
É provável que os mercados vejam Draghi como uma indicação positiva, considerando o histórico relacionado com expertise econômica e perfil expansionista — diferentemente de outros países desenvolvidos, contudo, a Itália tem um problema fiscal maior (muito expansionismo aqui poderá ser um problema).
Enquanto isso, sobre a inflação na Europa, verificamos recentemente uma alta dos preços alemães e franceses por conta de aumento de impostos. As altas da inflação induzidas por impostos reduzem o padrão de vida (bem-estar), mas não significam que as condições econômicas estão impulsionando a inflação — o debate inflacionário voltou para ficar nesta nova década.
Anote aí!
Dia agitado para a agenda econômica no mundo. Além dos resultados corporativos, vale a pena acompanhar aqui no Brasil o IPC-Fipe de janeiro, o Índice dos Gerentes de Compras (composto e de serviços) e o fluxo de entrada de recursos — as expectativas são positivas para este último, que deve reagir à possibilidade de subida de juros no curto prazo.
Na Europa, os preços ao consumidor serão entregues. Com grande parte dos gastos do consumidor europeu restrita desde o final de novembro, os preços ao consumidor, diferentemente dos preços ao produtor (também apresentados hoje), provavelmente serão apenas uma aproximação da experiência de inflação.
Os dados de crescimento global têm surpreendido positivamente. Vale notar que os mercados costumam subestimar a capacidade das pessoas de se adaptarem a uma crise. Foi o que aconteceu. Nos EUA teremos resultados corporativos, indicadores do setor de energia (estoque de petróleo entre os dados) e PMIs de diferentes óticas.
Muda o que na minha vida?
Os dois dias de alta em fevereiro coincidiram com uma queda nas ações sob o foco dos especuladores do Reddit, como GameStop e AMC Entertainment. O preço da prata, que sob a mesma influência especulativa disparou na segunda-feira (1º), despencou mais de 10%.
À medida que as bolhas do Reddit parecem estourar, a transferência de riqueza dos compradores da bolha no varejo para os vendedores da bolha será consolidada — no final, a pessoa física que entrou na brincadeira vai sair machucada, como era de se esperar.
Existem, inclusive, relatórios no Reino Unido sugerindo que pessoas estavam pedindo dinheiro emprestado no cartão de crédito para comprar a bolha de preços — uma abominação (nunca se alavanque desse jeito para comprar risco). Resta agora saber qual será a herança da experiência da semana passada para o mercado e como os reguladores lidarão com movimentos semelhantes no futuro.
Por enquanto, tudo ainda é bastante incerto — a discussão é extremamente técnica e não pode ser levada com leviandade, como muitos têm feito.
Fique de olho!
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Mas se você está achando que a série só fala dos gráficos com seta subindo como foguete, está enganado(a). O Jojo também mostra como este investimento é de alto risco, muito volátil e que o recomendado é investir apenas algo entre 1% e 5% do seu patrimônio.
E parando para analisar, isso deixa a coisa toda ainda mais interessante. Imagine você, investindo no máximo 5% do seu patrimônio e multiplicando o valor investido em 5, 10, 20 vezes ou muito mais. Você vai ver casos de valorização acima de 1.000% — e ainda é pouco.
Mas, naturalmente, é um investimento de alto risco, e muito volátil.
E lembre-se de que rentabilidade passada não garante rentabilidade futura.
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Um abraço,
Jojo Wachsmann