Colunista Vitreo

Jojo Wachsmann: Montanha-russa à brasileira

03 mar 2021, 9:41 - atualizado em 03 mar 2021, 9:41
Colunista Vitreo
O suave olhar de um povo pouco traumatizado / Por Trás de Seus Olhos (2021) (Imagem: Reprodução)

Bom dia, pessoal!

O Brasil não é para amadores e a volatilidade de ontem (2) foi prova disso. Em um só dia flertamos com os 107 mil e com os 112 mil pontos. Como sempre, a política impõe resultados pesados à Bolsa.

Hoje, em dia de início da reunião da Opep+, que deverá aumentar a produção de petróleo, e em meio à debandada de pelo menos quatro conselheiros da Petrobras — como era esperado que aconteceria mais cedo ou mais tarde — o Brasil deverá funcionar em sua própria dinâmica interna.

Os mercados europeus abrem em forte alta, acompanhados pelos futuros americanos. A ver…

Dia de votar a PEC

Holofotes para o Congresso… Como se isso fosse alguma novidade no Brasil. Nosso país ter sua economia com uma sensibilidade extrema às decisões centralizadas e muitas vezes desconexas de Brasília é algo mais antigo que andar para a frente.

O Senado deverá votar hoje, já em dois turnos, a PEC Emergencial, que permitirá as novas parcelas do auxílio emergencial e define os gatilhos do teto de gastos. Não é a melhor PEC do planeta, mas também não é o fim do mundo.

Ainda em Brasília, a Comissão Mista de Orçamento deverá analisar pela manhã o relatório do Comitê de Avaliação da Receita sobre a proposta orçamentária para 2021 — sim, ainda temos que definir o orçamento oficial.

Sensibilidade aos yields continua

Os yields americanos ainda se encontram acima de 1,40%. Wall Street está cada vez mais preocupada com o fato de que uma onda de gastos, quando a economia reabrir, possa causar uma alta nos preços.

Na segunda-feira (1º), a alta de até 1,60% na taxa de juros de dez anos arrefeceu e a taxa voltou para o patamar de 1,40%. Mas, ainda assim, está bem alta se comparada a seis meses atrás.

Os juros dos títulos do governo aumentaram, sinalizando um otimismo crescente com a recuperação econômica. Mas uma economia em alta também pode significar aumento de preços. Os investidores temem que a inflação mais alta pressione bancos centrais, como o Federal Reserve, a aumentar as taxas de juros ou reduzir a compra de títulos antes do esperado.

Depois de um longo período de fácil acesso ao dinheiro, isso poderia desencadear uma crise de raiva no mercado.

O experimento texano

Enquanto isso, no Texas, foram retiradas quase todas as restrições de pandemia à atividade econômica. Aparentemente, o medo do vírus por parte dos formuladores de políticas públicas desapareceu (o Brasil parece que se antecipou e também parou de se importar com as restrições).

O experimento texano poderá mostrar como, se os níveis de medo dos consumidores caírem, uma reabertura poderá mudar os padrões dos gastos do consumidor.

Claro, em um primeiro momento, os dados econômicos ainda serão distorcidos pelas falhas de energia, mas já é alguma coisa — se seguir o exemplo da Nova Zelândia, que suspendeu as restrições domésticas em setembro passado, o consumo mudou favoravelmente no sentido de serviços.

Anote aí!

O IBGE divulga o resultado do PIB do quarto trimestre de 2020 e o resultado consolidado do ano. As estimativas são de +2,8% para o último trimestre do ano passado e -4,20% para o consolidado de 2020.

Como o Brasil enfrenta hoje o pior momento da pandemia (mais de 1.700 mortes por dia), com muitas localidades pedindo um lockdown nacional, é bem provável que o primeiro trimestre de 2021 não acompanhe a boa performance do final de 2020. Ainda no Brasil, teremos também índices de gerentes de compras (PMI).

No exterior, destaque para a inflação dos preços ao produtor da zona do euro — uma indicação razoável do poder de precificação, mas sujeita aos efeitos da base do petróleo nos próximos meses (hoje temos decisão da Opep+, que poderá pressionar para baixo os preços da commodity).

O dia já foi aberto com a apresentação dos PMIs europeus, que vieram acima da expectativa, mas ainda abaixo de 50 pontos (menos de 50 pontos ainda significa retração de atividade).

Nos EUA, teremos indicadores de criação de empregos no setor privado, que já nos darão um cheiro de como foi o payroll de fevereiro (a ser apresentado no final da semana) e Livro Bege do Fed.

Muda o que na minha vida?

Desde a semana passada, a curva de juros dos EUA se inclinou acentuadamente, com os títulos do Tesouro de dez anos atingindo a maior alta de um ano, perto de 1,6%.

A volatilidade do mercado de títulos pesou sobre as ações globais, com o índice MSCI All Country World caindo 3,3% e o Nasdaq, 4,9% na semana.

Veja, o mercado não espera que os juros reais inviabilizem o mercado de ações, uma vez que o aumento foi impulsionado mais pelo otimismo com o crescimento do que por temores de aperto monetário — o Fed segue com uma postura muito relaxada, foi a expectativa de inflação que subiu.

Em um momento de “reflation trade”, ativos pagadores de dividendos passam a ser interessantes.

Esse otimismo com a economia não é de graça, evidentemente. Duas coisas têm pressionado bastante as expectativas:

i) o pacote de estímulo de US$ 1,9 trilhão de Joe Biden; e

ii) a vacinação — 225 milhões de doses de vacinas foram administradas em cem países até agora.

Essa é a combinação que tem contribuído para o aumento dos juros e alimentado a rotação dos setores de crescimento para os cíclicos.

O otimismo em relação à recuperação econômica, por sua vez, impulsiona também os preços das commodities. Em grande parte, essa recuperação ainda precisa ocorrer por meio de investimentos diretos em petróleo e em ações cíclicas expostas a energia e metais.

Fique de olho!

O fundo Canabidiol, que investe na tese que pode mudar o modo como o mundo lida com a saúde, vai fechar.

E isso vai acontecer assim que o seu patrimônio chegar a R$ 200 milhões.

Se você está lendo isto no dia 3 de março de 2021, você pode se considerar uma pessoa de muita sorte.

E a gente diz isso porque, neste momento, ainda dá tempo de alocar uma fatia do seu capital neste produto que, até a cota de 26 de fevereiro de 2021, já havia rentabilizado 117,54% para os cotistas que investem nele desde o seu início, em 25 de outubro de 2019.

Exemplificando esses resultados, significa que, nos últimos 16 meses, R$ 10.000 aplicados no fundo Canabidiol durante o período acima se tornaram R$ 21.754 na carteira do investidor que comprou e não vendeu os seus ativos. Esse rendimento é bruto de impostos.

Um resultado digno de muito destaque. Muito embora seja sempre preciso lembrar: nenhum retorno é garantido.

E foi por isso que a gente fez questão de vir te alertar que, caso o produto faça sentido para a sua estratégia de investimento e você queira se expor a esta tese super inovadora, você vai precisar se apressar para garantir a sua cota clicando no botão abaixo.

Depois que o patrimônio do fundo chegar a R$ 200 milhões e ele fechar, a oportunidade se encerrará por tempo indeterminado.

[EU QUERO INVESTIR NO FUNDO CANABIDIOL]

Um abraço,

Jojo Wachsmann

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