Jojo Wachsmann: Começando o mês com o pé direito
Bom dia, pessoal!
As Bolsas do mundo inteiro têm um bom início de fevereiro, respaldadas pela normalização parcial dos movimentos especulativos testemunhados na semana passada (eles ainda existem, contudo) e por bons fundamentos (econômicos e corporativos).
Hoje, terça-feira (2), o mercado europeu segue de bom humor, abrindo em alta e seguido pelos futuros americanos depois do melhor dia de Wall Street em dez semanas. O Brasil, depois da resolução política de ontem, tem espaço para seguir o bom humor. A ver…
Vitória do governo no Congresso é algo bom para a questão fiscal
Em vitória ontem, Bolsonaro conseguiu que seus candidatos fossem eleitos para as presidências das casas legislativas brasileiras. Rodrigo Pacheco e Arthur Lira foram eleitos para a Presidência do Senado e da Câmara dos Deputados, respectivamente, permitindo que o mercado considere uma maior chance de que as propostas reformistas do governo sejam aprovadas.
É dado início a uma nova fase do governo de Bolsonaro, bastante distante da retórica inicial de “nova política” e “em favor da Lava-Jato”.
Note que não tem nenhuma criança aqui. No caso de Lira, especificamente, Bolsonaro se aliou com o coração do centrão.
Considerar que isso viria sem um preço para o presidente seria inocência. Ainda assim, mesmo diante da volta do auxílio emergencial, o panorama fiscal fica mais plausível de ser endereçado. Demais cargos do Congresso serão decididos hoje, bem como começamos a criar expectativa para a dança das cadeiras prometida para a Esplanada dos Ministérios.
Veja, há também um argumento de que “sobe no boato e cai no fato”, que justificaria uma realização de lucros hoje. Ainda assim, mesmo se esse for o caso, entendemos que o contexto está mais assertivo para um tom mais positivo de agora em diante. Eventuais realizações, vale dizer, fazem parte e são bem-vindas para a constituição de uma alta saudável e sustentável. Além disso, o mercado avaliará hoje o resultado do Itaú, divulgado ontem em linha com o esperado — grande representante do Ibovespa, pode contaminar o dia com letargia para o setor.
Bipartidarismo americano
Ontem (1o), o presidente Biden conversou com os republicanos do Senado, os quais estavam dispostos a apresentar um plano fiscal alternativo que fosse mais fácil de aprovar no Congresso. Sem grande apoio dos republicanos do Senado, os democratas então iniciaram um processo para permitir o estímulo fiscal por maioria simples — difícil, mas cabem algumas manobras que possibilitariam tal feito.
Ainda assim, a conclusão é que provavelmente há chance de os estímulos ficarem mais perto de US$ 1 trilhão do que de US$ 2 trilhões. Provavelmente, as negociações não devem fazer tanto preço, deixando o mercado mais atento aos resultados corporativos — hoje teremos Amazon (AMZN) e Alphabet (GOOG).
Enquanto isso, o Federal Reserve deverá seguir com seu tom bastante estimulativo, sem grandes surpresas. O presidente da instituição, Jerome Powell, deu mais garantias aos investidores de que os estímulos monetários permanecerão em vigor, rejeitando as preocupações de que a política vigente possa estar contribuindo para bolhas — em um mundo de muita liquidez e juros negativos, os ativos ficarão negociando em patamares considerados caros mesmo, não tem jeito.
Com a probabilidade de que a inflação permaneça baixa, dado o hiato do produto causado pela pandemia (capacidade produtiva a ser ocupada), o Fed poderá se concentrar na promoção do crescimento.
E essa atividade chinesa?
A entrega de indicadores abaixo da expectativa na China não atrapalhou o mercado asiático. Pelo contrário, as Bolsas por lá tiveram até que um bom dia apesar dos dados econômicos.
Segundo o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês), a atividade industrial da China expandiu no ritmo mais fraco em sete meses (desde junho do ano passado), pressionada pela queda nas encomendas de exportação em meio à pandemia global e ao aumento dos custos. Em janeiro, o PMI caiu para 51,5 pontos, abaixo das projeções ao redor de 52,7 e do resultado de dezembro (53).
De qualquer forma, números acima de 50 ainda representam crescimento, mesmo que mais fraco. Todos se preocupam com a recuperação da atividade chinesa, mas foi a atitude da autoridade monetária chinesa que animou os mercados. Diferentemente de direcionamentos recentes, o Banco Popular da China (banco central) indicou um tom menos conservador (“hawkish”) para a compra de ativos, que havia sido reduzida. A manutenção de liquidez no gigante asiático é muito importante para os mercados emergentes e deverá sustentar a alta nesses países, inclusive no Brasil.
Anote aí!
Hoje, a agenda é bastante importante, em especial na Europa. O dia começa com o PIB do quarto trimestre da Zona do Euro, encerrando o ano de 2020. Além disso, teremos também a inflação dos preços ao consumidor na França, após uma alta na inflação alemã, que refletiu um aumento de impostos e uma reponderação do índice (vale acompanhar as próximas alterações da cesta de consumo média da população, uma vez que o padrão de consumo mudou).
Enquanto isso, nos EUA, pouca coisa chama a atenção. Pesquisa de condições para negócios e falas de dirigentes do Fed são as únicas notícias relevantes na pauta econômica. Claro, por lá, os resultados corporativos estão sendo entregues, o que conseguirá ocupar bastante a mente dos investidores. Por fim, mas não menos importante, o Brasil conta com a produção industrial de dezembro, dado relevante para projeções econométricas.
Muda o que na minha vida?
Gradualmente, ao redor do mundo, os investidores passam a ter mais visibilidade sobre os movimentos da semana, depois que a incerteza sobre as transações levou à pior semana do mercado desde outubro, da qual estamos nos recuperando. Hoje, podemos tecer alguma argumentação sobre o fato de que a volatilidade impulsionada pelo varejo não deve ameaçar a recuperação das ações no exterior.
Claro, a história ainda não acabou. O esforço coordenado por investidores de varejo para visar nomes fortemente vendidos como oportunidades de compra levou à volatilidade de um tipo bem raro em um número grande de ações, à medida que os fundos cobriam suas posições, gerando uma referência circular. O aumento da especulação no varejo costuma ser uma característica das condições de bolha nos mercados, o que gerou um medo exacerbado na semana passada.
Os fundamentos, porém, permanecem positivos. Aqui no Brasil, inclusive, tivemos a eliminação de alguns riscos importantes — o ruído político chegou a um parcial fim e a greve dos caminhos não teve apelo. Enquanto isso, o processo de vacinação vai de vento em popa. Somos referência global em vacinação e poderemos ter essa nossa característica evidenciada em breve. Hoje, mais de 1% da população brasileira já foi vacinada e São Paulo garantiu mais insumos para a produção de milhares de vacinas.
Estamos no caminho certo.
Fique de olho!
Não sei o quanto você entende de corrida, mas deve imaginar que para entrar em uma, precisa ter um veículo potente. Uma verdadeira máquina.
A corrida dos IPOs de 2021 vai ser da mesma forma. Ou você tem um possante, ou vai comer poeira. E o veículo potente para você buscar ganhos com o que o Jojo e seu time de gestão, aqui da Vitreo, e o Max Bohm, analista da Empiricus, consideram os melhores IPOs do ano é o fundo Microcap Alert.
Dos mais de 40 IPOs que irão acontecer em 2021, a maioria deles é de empresas consideradas microcaps, ou seja, com valor de mercado inferior a R$ 5 bilhões e com uma perspectiva de crescimento e valorização muito grande, embora não haja garantias.
O jeito mais simples de lidar com toda a burocracia desses IPOs é entrar no fundo. Além disso, você deixa toda a parte difícil de lidar com o mercado com quem mais entende do assunto.
Mas se você quer entender tudo mesmo, tim-tim por tim-tim, sobre a tese, a Sofia, head de atendimento digital, vai explicar tudo para você.
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[QUERO CONHECER O MICROCAP ALERT]
Um abraço,
Jojo Wachsmann