Jogar no Bicho está mais caro? Inflação dos jogos de azar acumula alta de 12,87%; entenda
A inflação dos jogos de azar já acumulou alta de 12,87% neste ano. Apenas em junho, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) aponta avanço de 0,61%. Aqui, se enquadram atividades como loterias, rifas, bingos, títulos de capitalização (a famosa Tele Sena) e jogo do bicho.
Vale lembrar que, desde abril, apostar nas loterias ficou mais caro. O reajuste ocorreu para repor a inflação acumulada desde novembro de 2019, quando ocorreu o último aumento, conforme explica a Caixa Econômica Federal.
O reajuste foi de 25% o que, na prática, representa um aumento de R$ 0,50 nos preços das apostas, que não passavam por correção desde 2019. Com isso, a Mega-Sena, Lotofácil, Quina, Lotomania, Timemania e Dia de Sorte encareceram.
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Apostas esportivas são jogos de azar?
Os jogos de azar estão na mira do governo, com a elaboração de regulamentação para o setor. Em março deste ano, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, esclareceu que a tributação de apostas seria implementada através da publicação de uma medida provisória (MP).
Em 11 de maio, foi divulgada uma proposta de medida provisória (MP) para regular o setor de apostas esportivas.
O texto, que ainda está em elaboração pelo Executivo, aborda dois aspectos diferentes da regulamentação: a cobrança de tributos e a criação de mecanismos para coibir a manipulação de resultados.
Do lado dos impostos, o governo pretende cobrar uma taxa das empresas de apostas de 16% sobre o Gross Gaming Revenue (GGR), a receita obtida com todos os jogos feitos, subtraídos os prêmios pagos aos apostadores.
Além disso, será cobrado 30% de imposto de renda sobre o prêmio recebido pelos apostadores, com faixa de isenção de até R$ 2.112,00.
Segundo Haddad, as medidas podem render aos cofres públicos R$ 15 bilhões por ano. A projeção inicial da equipe econômica era de R$ 8 bilhões.