Joaquim Leite defende criação de mercado de créditos de metano no Brasil
O governo federal tem o intuito de acabar com os lixões e “catalisar” o setor de reciclagem por meio de um leilão em parceria com a iniciativa privada, disse o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, em evento do BTG Pactual, na tarde desta terça-feira (22).
O titular da pasta do Meio Ambiente participou do painel Economia Verde: um Novo Brasil, juntamente com Gustavo Montezano, presidente do BNDES, e Ricardo Botelho, CEO da Energisa (ENGI11).
A promessa do leilão surgiu após o ministro ser questionado sobre os planos do governo sobre resíduos sólidos.
“Vamos acabar com os lixões com o programa lixão zero, também seremos mais rígidos com as metas para eliminar plástico e vidros”, disse o ministro.
Sobre as metas assinadas na COP26 para a redução da emissão de metano em 30% nos próximos 8 anos, Leite destacou um mercado nacional de créditos de metano como alternativa.
O ministro também elogiou a iniciativa privada, ao dizer que se trata de um dos principais agentes para auxiliar na proteção ambiental. “Estamos sempre juntos com o setor privado, pois junto com ele vem a geração de empregos verdes”, disse.
Por fim, Leite atacou indiretamente ambientalistas e especialistas que são contrários à política ambiental do governo. “Defendemos um ambientalismo focado em resultados e não só em uma utopia verde”.
Crise climática se acentuou
A Reuters divulgou, na última sexta-feira, que em ofício endereçado ao presidente Jair Bolsonaro, o ministro afirmou que a crise climática global se acentuou em 2021 e pediu uma atualização urgente das políticas desenvolvidas nessa área, já que o governo é alvo recorrente de críticas por problemas na gestão ambiental.
O documento conta com a exposição de motivos de um projeto de lei a ser assinado por Bolsonaro e enviado ao Congresso para reestruturar a Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC).
“Em 2021 a crise climática global se acentuou, principalmente com a retomada econômica pós-pandemia de Covid-19”, diz o ministro no documento assinado dia 2 de fevereiro.
*Com Reuters