Jô Soares: Relembre a carreira do apresentador que faleceu nesta sexta-feira aos 84 anos
Humorista, escritor e apresentador consagrado na televisão brasileira, Jô Soares morreu na madrugada desta sexta-feira (5) aos 84 anos em São Paulo.
Ele estava internado no Hospital Sírio Libanês, na capital paulista. A informação foi divulgada pela ex-mulher do apresentador, Flávia Pedras Soares, em sua conta no Instagram.
“Faleceu há alguns minutos o ator, humorista, diretor e escritor Jô Soares. Nos deixou no hospital Sírio Libanês, em São Paulo, cercado de amor e cuidados. O funeral será apenas para família e amigos próximos”, escreveu ela na postagem.
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Em nota, o hospital confirmou a morte do humorista, ocorrida às 2h20 desta sexta-feira, e informou que ele estava internado desde o dia 28 de julho. A causa da morte não foi divulgada.
A carreira de Jô Soares
José Eugênio Soares – ou como foi mais conhecido, Jô Soares – nasceu em 1938 no Rio de Janeiro, filho do empresário paraibano Orlando Heitor Soares e de Mercedes Leal Soares.
Começou a carreira de humorista no final da década de 1950, atuando e escrevendo em emissoras de TV do Rio de Janeiro até chegar a São Paulo na década de 1960 para trabalhar na TV Record.
Em 1970 chegou à TV Globo para, em 1981, ter um programa próprio na emissora, o “Viva o Gordo”, onde celebrizou personagens e bordões que se tornaram populares à época.
Em 1987 foi contratado pelo SBT, onde iniciou seu programa de entrevistas noturno, o “Jô Soares Onze e Meia”, que se tornaria um dos carros-chefes da emissora paulista.
O sucesso como entrevistador, em um formato de talk show, que já era popular nos EUA e atualmente é amplamente usado no Brasil, o levou de volta à Globo em 2000 para fazer o “Programa do Jô”, no mesmo formato da atração do SBT, que ficou no ar por 16 anos.
À frente dos dois talk shows, Jô entrevistou personalidades das artes, da música e da política, incluindo presidentes e candidatos à presidência em um tom único, muitas vezes irreverente.
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Além de humorista e apresentador, Jô também escreveu livros, como o best-seller “O Xangô de Baker Street”, “O Homem que Matou Getúlio Vargas” e “Assassinato na Academia Brasileira de Letras”. Também era dramaturgo e escreveu para as revistas Manchete e Veja e para os jornais O Globo e Folha de S.Paulo.
Em 2016 foi eleito para uma cadeira na Academia Brasileira de Letras e também teve destaque como dramaturgo e roteirista.
Em 2014 o humorista perdeu o filho Rafael Soares, que morreu aos 50 anos. Ele tinha autismo e tratava um câncer no cérebro. Na época, ao final de mais um de seus programas, após mandar o seu tradicional “beijo do Gordo”, se emocionou ao lembrar o único filho.
“Beijo do Gordo, e a vida continua, a vida é o que a gente veio fazer aqui: viver”, disse na ocasião.
*Com informações de Reuters e Agência Brasil
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