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JHSF: boa perspectiva para segmento de imóveis luxuosos sustenta indicação de compra da ação

14 set 2020, 13:01 - atualizado em 14 set 2020, 13:11
JHSF Fazenda Boa Vista
A boa perspectiva para as vendas do segmento de imóveis luxosos, no qual a JHSF se destaca como um dos principais players, transformam-na em uma opção atraente (Imagem: Site/JHSF)

O BTG Pactual (BPAC11) voltou a cobrir a ação da JHSF (JHSF3) com recomendação de compra e preço-alvo para os próximos 12 meses de R$ 11. Segundo o banco, a companhia parece estar se recuperando dos efeitos negativos da crise causada pela pandemia de covid-19, principalmente no segmento imobiliário.

“A covid-19 mudou o cenário para o negócio imobiliário da JHSF, mas neste caso para melhor, com mais pessoas procurando comprar uma segunda casa (no interior), o que sempre foi o território da companhia”, comentaram Gustavo Cambauva e Elvis Credendio, autores do relatório divulgado na última sexta-feira (11).

A JHSF tem se dedicado em comprar novos terrenos para desenvolver projetos semelhantes e adquirir apartamentos de luxo em São Paulo.

De acordo com os analistas, o panorama para a JHSF é bastante positivo, visto que as taxas de crédito imobiliário estão baixas e o nível de acessibilidade aumentou. A mudança no setor de imóveis provocada pelo coronavírus resultou em grandes vendas já no segundo trimestre de 2020, com desempenho recorde da Fazenda Boa Vista and Village.

“A companhia tem um grande landbank (calculamos aproximadamente R$ 15 bilhões de valor potencial de vendas) para fazer crescer os lançamentos nos próximos anos. Muitos desses desenvolvimentos são brownfields de projetos bem sucedidos, enquanto outros são parte de complexos multiuso – no geral, similares aos que a empresa vem usando historicamente e com margens extremamente altas”, destacaram Cambauva e Credendio.

Grande parte do NOI (resultado operacional líquido) de shopping centers da JHSF vem de empreendimentos dominantes, o que coloca a empresa em uma posição defensiva (Imagem: Catarina Outlet)

Player único

O BTG reconheceu que a exposição da JHSF aos shopping centers, severamente impactados pela covid-19, pode dificultar o desempenho da companhia no curto prazo. No entanto, grande parte do seu NOI (resultado operacional líquido) vem de shoppings dominantes, o que a coloca em uma posição defensiva.

Além disso, a boa perspectiva para as vendas do segmento de imóveis luxuosos, no qual a JHSF se destaca como um dos principais players, transformam-na em uma opção atraente.

“Diferentemente dos seus pares orientados pelo produto, [a JHSF] é orientada pelo cliente e tem conseguido entrar em diferentes negócios que oferecem uma ótima proposta de valor”, concluíram os analistas.