JGPX11 derrete 6,44% com recuperação judicial da AgroGalaxy (AGXY3); veja outros fundos expostos
A AgroGalaxy (AGXY3) entrou com pedido de recuperação judicial nesta quarta-feira (18), com ajuizamento aprovado pelo conselho de administração da companhia.
O movimento impactou o mercado de Fiagros (Fundos de Investimentos nas Cadeias Produtivas do Agronegócios), em especial o JCP Crédito Fiagro (JGPX11), que apresentou queda de 6,44%. O fundo tem 8,1% do seu patrimônio líquido (PL) exposto à empresa.
Fora esse Fiagro, outros fundos estão atrelados a AgroGalaxy. Entre eles, estão:
- XPCA11 (XP Crédito Agrícola) – 7% do PL (por meio de duas operações diferentes) – fundo recuou 0,80%
- CPTR11 (Capitania Agro Strategies) – 7% do PL – queda de 3,10%
- AAZQ11 (AZ Quest Sole) – 0,4% do PL – alta de 0,26%
- AGRX11 (Exes Araguaia Fiagro) – 5,62% do PL – queda de 1,60%
- BBGO11 (BB Crédito Fiagro) – 5% do PL – queda de 1,45%
- XPAG11 (XP Crédito Agro) – 3,8% do PL
- JGPT11 (JCP Crédito Agro) – 6,7% do PL
Segundo Caio Nabuco, analistas de fundos imobilários da Empiricus Research, o evento representa um pouco do risco que o setor convive nos últimos meses, com pressão de preços e margens da cadeia. “A nossa recomendação desde o ano passado é ficar de fora dos Fiagros e monitorar de perto esse tipo de operação, principalmente no quesito garantias e estruturas”.
De acordo com comunicado da empresa, o pedido de recuperação judicial do AgroGalaxy foi protocolado em caráter emergencial, diante do vencimento antecipado de certas operações financeiras, visando a proteção de seus ativos e de suas investidas e para viabilizar a readequação de sua estrutura de capital frente aos desafios do agronegócio brasileiro. Em paralelo, a companhia disse que vai adotar uma série de medidas visando a redução de seus custos e a otimização de suas operações.
“O AgroGalaxy tentou, de todas as formas, evitar recorrer à Justiça, mas a medida é necessária para proteger o negócio e, mais importante, permitir que a empresa siga trabalhando lado a lado com os agricultores”, comenta Eron Martins, CEO do AgroGalaxy.