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JBSS3, BRFS3 e MRFG3: Itaú mantém preferência por uma ação a um mês do 2T24

16 jul 2024, 12:15 - atualizado em 16 jul 2024, 12:15
frigoríficos jbss3 brfs3
Para o setor de suínos, há um certo pessimismo, pela maior produção da China em 2024; o que fazer com JBSS3, BRFS3 e MRFG3 antes do 2T24? (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

O Itaú BBA, no seu relatório semanal sobre o setor de proteínas animais, traz os principais destaques para os frigoríficos para semana.

O banco mantém sua visão construtiva para JBS (JBSS3) – compra e preço-alvo de R$ 39 –, enquanto conta com indicação neutra para BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3), com preços recomendados de R$ 19 e R$ 14, respectivamente.

Para JBS, o Itaú destaca o forte impulso para o negócio de frango dos EUA e Brasil. Os spreads de frango na indústria dos EUA aumentaram sólidos 30% no trimestre no 2T24.

“Essa dinâmica tem sido o foco da maior parte de nossas interações com investidores ao longo do último mês e reforça nossas expectativas positivas para a JBS no curto e médio prazo”, explicam Gustavo Troyano e Bruno Tomazetto.

No setor de suínos, o banco destaca uma visão pessimista do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que projeta uma produção de carne suína da China 56% maior em 2024 na comparação com 2020.

Isso deve fazer com que os principais fornecedores globais de carne suína à China – incluindo Brasil e os Estados Unidos – procurem mercados de exportação alternativos.

Maiores expectativas para BRF e incerteza do ciclo de baixa para Marfrig

Quanto a BRF, o mercado incorpora expectativas mais fortes no ano fiscal de 2024, pela maior colocação pintinhos de corte no Brasil, que atingiram em maio 608,3 milhões de cabeças, segundo a Apinco (Associação Brasileira dos Produtores de Pintos de Corte). Apesar das crescentes pintinhos de corte no Brasil, a produção de frangos ainda não reflete esta tendência.

Essas questões apoiam uma tendência positiva prolongada para a indústria avícola brasileira, apoiada por:

  1. oferta limitada de frango no Oriente Médio;
  2. preços mais elevados da carne bovina em todo o mundo e;
  3. desafios de eclodibilidade nos EUA.

Já para a Marfrig, os spreads de carne bovina dos EUA contraíram 1,5% trimestre a trimestre no 2T24, enquanto o 3T24 ainda é um ponto-chave a ser monitorado.

O ciclo de queda da carne bovina nos EUA ultrapassou a sazonalidade mais forte da temporada de grelhados no 2T24. Isso levou a um estreitamento de 1,5% em relação ao trimestre anterior dos spreads de carne bovina, em um período e que os preços do gado cresceram 4,5%, o que provavelmente resultou em margens mais estreitas em toda a indústria.

“Apesar do valutation relativamente atrativo, mantemos nossa visão neutra sobre o MRFG3 devido à incerteza em torno do momento e da intensidade do ciclo de queda da carne bovina nos EUA. No entanto, reconhecemos que o sólido impulso no negócio de frangos (através da sua participação na BRF) poderá servir como um gatilho de curto prazo para a plataforma consolidada da Marfrig”, ressaltam.

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