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JBSS3, BRFS3, BEEF3 e MRFG3: O melhor dos frigoríficos para ter na carteira em 2025

03 jan 2025, 10:00 - atualizado em 25 dez 2024, 16:17
Frigoríficos jbs
O bom desempenho de BRF e JBS ao longo do ano pode ser explicado pelos fortes spreads na maioria das unidades de negócios. (iStock.com/FG Trade)

O ano de 2024 pode ser definido como o “ano dos frigoríficos“. Em um período que Ibovespa caiu 8,99% até o dia 23 de dezembro, as empresas, com exceção para Minerva Foods (BEEF3), tiveram um desempenho memorável.

O bom desempenho de BRF e JBS ao longo do ano pode ser explicado pelos fortes spreads na maioria das unidades de negócios, demanda sólida e oferta restrita, principalmente para aves. Para o JP Morgan, que elevou suas estimativas para as empresas pela 11.ª consecutiva, os ventos seguirão favoráveis para 2025. Vale lembrar que a Marfrig tem uma participação de 50,49% na BRF.

Quanto a Marfrig, o Santander revisou suas estimativas para Marfrig (MRFG3) e não espera mais margens negativas no quarto trimestre de 2024 (4T24). Com isso, a partir da desvalorização real, a estimativa do Ebitda em 2024 saiu de R$ 2,2 bilhões para R$ 2,4 bilhões.

Apesar disso, o banco mantém sua recomendação neutra para ação, com preço-alvo de R$ 19, dado o aumento do custo de capital diante de uma potencial inversão do ciclo do gado no Brasil.

Frigoríficos: bom para o frango e ruim para o boi

Enquanto os ventos caminham favoráveis para o segmento de frango, o mercado de boi começa a enfrentar um momento de inversão do ciclo pecuário, para um momento de oferta mais restrita.

O Bank of America espera que o mercado global de gado fique mais restrito no Brasil e nos Estados Unidos até 2025. Para o banco, o ciclo de baixa norte-americano pode durar até 2027, enquanto o abate no Brasil pode cair 6% em 2025.

A demanda por carne bovina continua forte e os preços seguem subindo, ainda que não em ritmo suficiente para compensar os custos do gado

“Esperamos que o mercado global de gado seja menor em 2025 do que em 2024, com o declínio do abate no Brasil e nos EUA, que representam 30% do mercado. A oferta mais limitada de gado deve reduzir o abate nos EUA em aproximadamente 4% ano a ano, de acordo com o USDA, e aproximadamente 6% no Brasil, de acordo com a consultoria Safras & Mercado”, explicam Isabella Simonato e Julia Zaniolo.

Com isso, a instituição mantém sua recomendação de compra para JBS (top pick) e Marfrig, mas reforça venda para Minerva Foods entre os frigoríficos, pelo cenário mais desafiador para a carne bovina no Brasil e risco de execução na aceleração dos ativos adquiridos.

Apesar disso, a Genial Investimentos segue atenta para inversão do ciclo do gado e os seus efeitos para JBS, levantando dúvidas sobre a capacidade de sustentação de margens tão agressivas, principalmente para a Friboi na JBS Brasil, diante da reversão do ciclo do gado, mesmo com a comprovada capacidade de execução e a força da tese de diversificação do frigorífico.

A ação favorita para 2025

A diversificação da empresa e os resultados robustos recordes da JBS fizeram com que a ação fosse o papel do agronegócio mais recomendado segundo 24 analistas de setembro a dezembro, conforme levantamento do Money Times. A JBS recebeu 13 indicações neste mês.

Fora a companhia, na carteira recomendada de dezembro, a Marfrig contou com duas recomendações, enquanto a Minerva recebeu apenas uma.

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024, ficou entre os 80 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
pasquale.salvo@moneytimes.com.br
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024, ficou entre os 80 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.