JBSS3, BRFS3, BEEF3 e MRFG3: O melhor dos frigoríficos para ter na carteira em 2025
O ano de 2024 pode ser definido como o “ano dos frigoríficos“. Em um período que Ibovespa caiu 8,99% até o dia 23 de dezembro, as empresas, com exceção para Minerva Foods (BEEF3), tiveram um desempenho memorável.
- JBS (JBSS3): avanço de 47,83%
- BRF (BRFS3): avanço de 96,45%
- Marfrig (MRFG3): avanço de 72,64%
- Minerva (BEEF3): queda de 25,68%
O bom desempenho de BRF e JBS ao longo do ano pode ser explicado pelos fortes spreads na maioria das unidades de negócios, demanda sólida e oferta restrita, principalmente para aves. Para o JP Morgan, que elevou suas estimativas para as empresas pela 11.ª consecutiva, os ventos seguirão favoráveis para 2025. Vale lembrar que a Marfrig tem uma participação de 50,49% na BRF.
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Quanto a Marfrig, o Santander revisou suas estimativas para Marfrig (MRFG3) e não espera mais margens negativas no quarto trimestre de 2024 (4T24). Com isso, a partir da desvalorização real, a estimativa do Ebitda em 2024 saiu de R$ 2,2 bilhões para R$ 2,4 bilhões.
Apesar disso, o banco mantém sua recomendação neutra para ação, com preço-alvo de R$ 19, dado o aumento do custo de capital diante de uma potencial inversão do ciclo do gado no Brasil.
Frigoríficos: bom para o frango e ruim para o boi
Enquanto os ventos caminham favoráveis para o segmento de frango, o mercado de boi começa a enfrentar um momento de inversão do ciclo pecuário, para um momento de oferta mais restrita.
O Bank of America espera que o mercado global de gado fique mais restrito no Brasil e nos Estados Unidos até 2025. Para o banco, o ciclo de baixa norte-americano pode durar até 2027, enquanto o abate no Brasil pode cair 6% em 2025.
A demanda por carne bovina continua forte e os preços seguem subindo, ainda que não em ritmo suficiente para compensar os custos do gado
“Esperamos que o mercado global de gado seja menor em 2025 do que em 2024, com o declínio do abate no Brasil e nos EUA, que representam 30% do mercado. A oferta mais limitada de gado deve reduzir o abate nos EUA em aproximadamente 4% ano a ano, de acordo com o USDA, e aproximadamente 6% no Brasil, de acordo com a consultoria Safras & Mercado”, explicam Isabella Simonato e Julia Zaniolo.
Com isso, a instituição mantém sua recomendação de compra para JBS (top pick) e Marfrig, mas reforça venda para Minerva Foods entre os frigoríficos, pelo cenário mais desafiador para a carne bovina no Brasil e risco de execução na aceleração dos ativos adquiridos.
Apesar disso, a Genial Investimentos segue atenta para inversão do ciclo do gado e os seus efeitos para JBS, levantando dúvidas sobre a capacidade de sustentação de margens tão agressivas, principalmente para a Friboi na JBS Brasil, diante da reversão do ciclo do gado, mesmo com a comprovada capacidade de execução e a força da tese de diversificação do frigorífico.
A ação favorita para 2025
A diversificação da empresa e os resultados robustos recordes da JBS fizeram com que a ação fosse o papel do agronegócio mais recomendado segundo 24 analistas de setembro a dezembro, conforme levantamento do Money Times. A JBS recebeu 13 indicações neste mês.
Fora a companhia, na carteira recomendada de dezembro, a Marfrig contou com duas recomendações, enquanto a Minerva recebeu apenas uma.