JBS, Minerva e Marfrig se apertam com dois dias de escalas em Rondônia; arroba subiu a R$ 218 em média
Em Rondônia, só o Minerva (BEEF3) tem planta habilitada para a China. Mesmo assim, o boi escalou mais de R$ 10 a arroba em uma semana, quando estava a R$ 205, em média, nas plantas também do JBS (JBSS3) e do Marfrig (MRFG3).
O que falta, portanto, é animal mesmo, de acordo com Sérgio Ferreira, presidente da Associação Rural de Rondônia. E a tendência é a pressão continuar contra os frigoríficos, já que o descasamento da oferta está elevado e anula o varejo fraco.
Se em São Paulo, um dos fundamentos da forte alta do boi gordo está muito associada às exportações – com China a todo vapor -, que puxam os preços nos estados vizinhos, na distante pecuária rondoniense a oferta já vem curta desde 2019.
“Teve muito gado indo para fora do estado em 2019 e o reflexo foi o custo elevado da reposição”, diz Ferreira, também comprador do Marfrig de Ji-Paraná.
A entressafra forte, combinada com um primeiro giro de confinamento ruim, e que em Rondônia é quase inexistente, deixaram agora as escalas para dois dias e valores de R$ 215 à vista e R$ 220 no prazo, na média geral incluindo unidades frigoríficas locais e menores do estado.
Hoje (26), o Marfrig, com capacidade para 1,5 mil abates diários e apanhando para completar a programação, pagou R$ 218 com 30 dias.