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JBS, Marfrig, Minerva ou BRF: qual delas vai saciar os investidores no 2º trimestre?

27 jul 2020, 16:11 - atualizado em 27 jul 2020, 16:12
Minerva foods
O cenário favorável para exportações de carne bovina, principalmente à China, impulsionará os volumes da Minerva no segundo trimestre (Imagem: Facebook)

Os resultados do segundo trimestre de 2020 das empresas de alimentos e bebidas vão começar a sair nesta semana, e a aposta do BB Investimentos vai para as frigoríficas.

“Esperamos resultados fortes para empresas mais expostas à carne bovina, dado o cenário favorável para as exportações”, comentou a analista Luciana Carvalho. “Por outro lado, maiores custos com grãos devem impactar margens em BRF (BRFS3), e os resultados de JBS (JBSS3) ainda devem refletir um ambiente mais desafiador para a indústria de carne nos EUA, embora com recuperação sequencial”.

Principais nomes da temporada

O BB está confiante com o balanço da Marfrig (MRFG3), principalmente considerando a recuperação das margens na indústria norte-americana e a continuidade da trajetória positiva no mercado doméstico.

A estimativa para a margem Ebitda consolidada é de 14,6%, aumento de 5,1 pontos percentuais no comparativo anual. O avanço projetado é pautado principalmente no desempenho das unidades da América do Norte, suportado pela boa demanda, maiores preços médios, valorização do dólar e custos menores com o gado.

No caso da Minerva (BEEF3), o cenário favorável para exportações de carne bovina, principalmente à China, impulsionará os volumes do período.

“Adicionalmente, esperamos que os preços mais altos em ambos, no mercado doméstico e internacional, somado ao dólar mais forte, compensem maiores custos por conta de menor utilização de capacidade e despesas atreladas a iniciativas voltadas ao combate da covid-19”, acrescentou Carvalho.

Números fracos pela PPC

A JBS provavelmente apresentará resultados positivos em todas as suas unidades, com exceção da subsidiária norte-americana Pilgrim’s Pride Corporation (PPC).

Pilgrim's JBS
A JBS provavelmente apresentará resultados positivos em todas as suas unidades, com exceção da subsidiária norte-americana Pilgrim’s Pride Corporation (PPC) (Imagem: Pilgrim’s/Facebook/Reprodução)

“A PPC ainda deve refletir a menor demanda no Food Service em razão de sua exposição a esse canal, que ainda não voltou a operar em sua totalidade. Como consequência, a indústria realoca sua produção no varejo, causando uma superoferta e pressão nos preços. Assim, margens devem seguir comprimidas no segundo trimestre”, disse Carvalho.

O BB acredita que o aumento dos custos relacionados à menor utilização de capacidade nos EUA podem limitar ganhos maiores na margem Ebitda, estimada em 9,9%.

No Brasil, as margens seguirão a tendência positiva da indústria.

Balanço negativo

Por fim, o BB projetou resultados mais fracos para a BRF, embora a divisão no Brasil deva permanecer positiva. Segundo Carvalho, a companhia sofrerá com o aumento dos custos com grãos e despesas relacionadas às iniciativas de prevenção da covid-19.

A margem Ebitda projetada é de 11,8%, o que representa uma queda de 2,8 pontos percentuais em relação ao segundo trimestre do ano passado.

Os impactos causados pelo coronavírus na região Halal e as restrições da Arábia Saudita também devem pesar sobre os números.

Recomendações e preços-alvos

O BB manteve a recomendação de compra para todos os papéis.

Os preços-alvos indicados para o fim de 2020 são de R$ 33 (JBS), R$ 25 (BRF), R$ 14 (Marfrig) e R$ 14 (Minerva).

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