JBS, Marfrig, Ambev e BRF: só duas vão se dar bem com os balanços do 3º trimestre; veja quais
A temporada de resultados das companhias brasileiras ligadas ao setores de bebidas e de alimentos deve apresentar números mistos no terceiro trimestre, indicam os analistas da XP Investimentos.
Após quatro trimestres sequenciais de recuperação (desde julho de 2020), a base de comparação mais difícil é motivo suficiente para a corretora estar cautelosa com o setor de bebidas. Além disso, o cenário macroeconômico continua a decepcionar.
Para o setor de alimentos, a XP espera resultados mistos, confirmando a visão de que a diversificação geográfica tem sido mais estratégica nos resultados dos frigoríficos brasileiros.
No geral, as ações da JBS (JBSS3) e da Marfrig (MRFG3) contam com o otimismo dos analistas Leonardo Alencar e Pedro Fonseca, que cobrem o agronegócio.
Segundo a dupla, as operações de ambas as companhias nos Estados Unidos devem alavancar os resultados.
Tanto JBS, quanto Marfrig têm recomendação de compra, e a corretora espera que o lucro líquido de ambas cresça 209% e 131%, respectivamente, no 3° trimestre deste ano sobre o mesmo período em 2020, totalizando R$ 2,086 bilhões e R$ 7,348 bilhões, respectivamente.
A JBS divulga balanço no dia 10 de novembro, após o fechamento do mercado. A Marfrig apresenta resultados no dia 26 de outubro, também após o encerramento do pregão.
Mais cautela
Outras duas empresas inspiram mais cautela em relação aos resultados do terceiro trimestre: a Ambev (ABEV3), maior cervejaria do Brasil e com recomendação de compra, e a BRF (BRFS3), processadora de alimentos e com indicação neutra.
No caso da maior cervejaria das Américas, a operação brasileira deve trazer números mais fracos, “principalmente devido às pressões de custos, uma vez que as commodities permanecem em níveis elevados e a desvalorização do real em relação ao dólar também impacta negativamente”, comentam os analistas.
A Ambev deve ter registrado crescimento de apenas 1,5% em seu lucro líquido no trimestre passado, na comparação anual, somando R$ 2,480 bilhões, estimam Alencar e Fonseca
Já a BRF, a despeito de melhoras nas margens no período, sofre com a pressão constante por preços mais altos no mercado interno.
A XP projeta que o terceiro trimestre seja um ponto de inflexão para a BRF, que deve divulgar prejuízo líquido de R$ 48 milhões, revertendo o lucro de R$ 221 milhões um ano antes.
A Ambev traz seus números ao mercado no dia 28 de outubro, após o fechamento. A BRF comunica balanço no dia 10 de novembro, após o fim da sessão.
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