JBS (JBSS32) cai após resultados do 3T25; confira a visão dos analistas
As ações da JBS(JBSS32) reagem negativamente aos resultados da companhia no terceiro trimestre de 2025 (3T25). Na tarde desta sexta-feira (14), os papéis recuavam ligeiramente na bolsa de Nova York, embora o movimento tenha se estabilizado ao longo do pregão.
No Brasil, os Brazilian Depositary Receipts (BDRs) caíam cerca de 1%.
Apesar do movimento negativo, grande parte dos analistas considerou que os números vieram em linha, ou até acima do esperado. No entanto, para a XP Investimentos, o ponto de atenção está no Fluxo de Caixa Livre (FCF).
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Enquanto a corretora esperava um FCF de R$ 3,8 bilhões, a empresa entregou R$ 2,2 bilhões, refletindo mais um trimestre de consumo de capital de giro. Segundo a XP, o yield do FCF segue pouco atrativo, levantando preocupações sobre o risco de revisão negativa de lucros e a ausência de catalisadores.
adotou uma postura conservadora para 2026 e apontou que a tendência de queda nos preços do frango pode indicar início de enfraquecimento da demanda. Além disso, a margem Ebitda ficou 1,7 ponto percentual abaixo do consenso.
Analistas destacam pontos positivos
Para o Bank of America (BofA), a JBS reportou resultados mais fortes do que o esperado no 3T25. O banco destacou que o Ebitda Ajustado ficou 6,2% acima de suas estimativas, impulsionado principalmente pelas operações nos Estados Unidos.
Segundo o BofA, todas as divisões apresentaram margens melhores no mercado norte-americano, especialmente a de carne bovina. O desempenho mais forte na Austrália também chamou atenção.
Apesar disso, o lucro líquido de US$ 581 milhões veio 10% abaixo do previsto pelo banco, devido a despesas financeiras e minoritárias levemente maiores.
O banco manteve sua recomendação de compra e o preço-alvo de US$ 20 por ação, afirmando esperar lucros resilientes nos próximos trimestres, apoiados pela sólida demanda por proteína e pelo fim recente de proibições de exportação de frango.
Já o BTG Pactual classificou os resultados do 3T25 como “decentes” e “em linha”. O Ebitda de US$ 1,8 bilhão veio exatamente em linha com a estimativa do banco.
Por outro lado, o EPS (Lucro por Ação) de US$ 0,52 ficou 8% abaixo do esperado pelo BTG, impactado por despesas de juros acima do previsto.
O BTG ressaltou a força da plataforma global da JBS, afirmando que a diversificação segue sendo o maior ativo da companhia, amortecendo a volatilidade e sustentando a geração de caixa.
O banco reiterou sua classificação de compra e avalia que, a partir de agora, a JBS deve se transformar em uma ação focada em yield (rendimento). O banco projeta um mínimo de US$ 1 bilhão em dividendos anuais, o que implicaria um yield de 7%.
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