JBS (JBSS3) quer menos burocracia, as mudanças na Cosan (CSAN3) e um carro ‘full etanol’; os destaques do Agro Times
A penúltima semana de outubro contou com temas de destaque no agro. Entre eles, os reflexos da nova lei de Mato Grosso que tem a moratória da soja como alvo.
Para professor e pesquisador da FGV, a norma esbarra na subjetividade, no Deforestation Regulation (EUDR) da União Europeia e risco de desmatamento.
Além disso, foi dada a largada na temporada de resultados terceiro trimestre de 2024 (3T24) do agro, a partir da divulgação dos resultados da Suzano (SUZB3) na última quinta (24).
E a retomada das chuvas no Centro-Oeste permitiu que os produtores iniciassem o plantio da soja, em meio a maior seca da história do Brasil. Em Rio Verde (GO), foram 180 dias sem chuvas após a volta dos acumulados.
Os temas que mais se destacaram na última semana
5º lugar – JBS (JBSS3): BofA vê riscos para ciclo da carne bovina nos EUA até 2026; entenda reflexos
O Bank of America, em relatório sobre a JBS (JBSS3), disse acreditar que o ciclo de baixa da carne bovina pode se estender até 2026 nos Estados Unidos. Isso porque a retenção de fêmeas no país acabou de começar e, nos ciclos anteriores, foi mais longa do que o normal.
Os ciclos da carne bovina e do frango nos EUA têm sido uma parte fundamental do debate da JBS, dada sua estratégia de diversificação bem-sucedida.
4º lugar – Cosan (CSAN3): O impacto da mudança no comando da holding e subsidiárias, segundo BTG e XP
A Cosan (CSAN3) promoveu mudanças no comando da holding e suas subsidiárias como a Raízen (RAIZ4), Rumo (RAIL3) e Compass, que serão efetivadas em 1° de novembro. Para o BTG Pactual, as alterações corroboram com visão mais cautelosa da Cosan sobre o caminho de desalavancagem e o estágio atual da empresa.
Os analistas reiteram compra (preço-alvo de R$ 23) para Cosan e Raízen (preço-alvo de R$ 7). Para Rumo, os analistas recomendam compra e preço-alvo de R$ 31.
Para os analistas da XP Investimentos, as mudanças anunciadas na Raízen (compra e preço-alvo de R$ 6) serão vistas de forma positiva pelos investidores e poderão reacender o interesse no caso de investimento da empresa.
Top 3 do agro
? 3º lugar – BB recomenda frigorífico com potencial para disparar 80,2%; confira o que vai bem no agro em outubro
Em setembro, os investidores realizaram os ganhos recentes obtidos nas ações dos frigoríficos, que também foram impactadas pela elevação da arroba do boi gordo, destaca o BB Investimentos em relatório.
O grande destaque do mês foi a SLC Agrícola (SLCE3), na qual subiu após a atualização de suas projeções para a safra 2024/25.
Dentre os papéis, a Minerva (BEEF3) carrega potencial de alta de 80,2%, considerando um preço-alvo de R$ 10.
? 2º lugar – Usina Alta Mogiana defende etanol ‘mais rico’ e questiona: ‘O que nos impede de ter um carro movido apenas a álcool?’
O diretor comercial da Usina Alta Mogiana, Luiz Gustavo Junqueira, defendeu alterações na indústria automobilística do Brasil e pediu mais incentivos aos carros movidos a etanol, além de maior clareza ao consumidor.
“Se existe mercado para um carro puro a gasolina, além de mercado para um veículo 100% elétrico, por que não haveria mercado para um carro 100% etanol? Há claramente um ganho energético quando adaptamos um automóvel para o combustível apropriado”.
? 1º lugar – O grande entrave do Brasil, segundo Wesley Batista, da JBS (JBSS3)
Não são questões externas, mas, sim, entraves internos, como burocracia e custo de fazer negócios, que impedem o Brasil de avançar, avalia o empresário e sócio da JBS (JBSS3), Wesley Batista, no evento Bloomberg New Economy, ocorrido em São Paulo.
Batista, que ajudou a construir a gigante de proteínas e uma das maiores empresas do país, comparou o ambiente de negócios do Brasil com os Estados Unidos, onde a JBS opera e possui importante mercado.