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JBS (JBSS3) ou BRF (BRFS3) vai ganhar o Oriente Médio? Itaú BBA indica a ação vencedora

02 maio 2022, 15:07 - atualizado em 02 maio 2022, 15:08
Dubai Burj Al Arab
Concorrência no Oriente Médio será mais dura para a BRF (BRFS3), com a JBS (JBSS3) adquirindo mais fábricas na região (Imagem: Unsplash/mohdb1993)

Parte da mídia tem veiculado que a JBS (JBSS3) adquiriu duas fábricas para produção de alimentos no Oriente Médio neste final de semana, apesar de nenhum comunicado oficial ter sido divulgado até o momento. Com isso, se acirra a disputa com o frigorífico BRF (BRFS3) na região.

Apesar do mercado ter virado nesta segunda-feira (2), e todas as ações de frigoríficos listadas na B3 (B3SA3) passarem a cair durante a tarde, o Itaú BBA enxerga espaço para apenas uma companhia vencer na expansão no Oriente Médio.

A gestora tem recomendação de compra para a JBS, com preço-alvo de R$ 54, potencial de alta de 43% em 12 meses, levando em conta o último valor de fechamento na sexta-feira (29).

Por outro lado, o Itaú BBA está mais cauteloso com a BRF, indicando uma recomendação neutra e preço de R$ 24, potencial de valorização de 77% em 12 meses.

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Disputa pelo Oriente Médio

JBS tem mais histórico de sucesso na expansão internacional de seus negócios do que BRF (Imagem: Vídeo institucional da BRF)

De acordo com as informações publicadas em portais de notícias, após a compra de mais duas fábricas no Oriente Médio, a JBS passaria a poder operar nos seguintes países árabes: Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Kuwait.

A despeito dos valores na transação ainda não terem sido revelados, o analista Gustavo Troyano considera o fato positivo para a JBS, à medida que a companhia brasileira estará mais próxima de seus consumidores árabes.

“Vemos o movimento da JBS em linha com investimentos já realizados pela empresa, o que deve mitigar os impactos em caso de embargos às exportações do frigorífico”, sinaliza.

Enquanto isso, a BRF tem mais preocupações no radar com a JBS mais presente no Oriente Médio.  O mercado árabe responde por 20% do Ebitida da companhia, que terá mais concorrência na região.

O analista relembra que a JBS já demonstrou ser mais sólida na expansão em mercados internacionais em detrimento da BRF.

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