‘Melhor risco-retorno da América Latina’; por que vale a pena comprar esse frigorífico, segundo o BTG
A diversificação da JBS (JBSS3) está entre os principais fatores para o BTG Pactual recomendar compra (preço-alvo de R$ 35) para as ações do frigorífico.
O banco explica que os ciclos do gado contam basicamente com fases de retenção e liquidação de animais. Se a oferta de animais for alta (liquidação), os frigoríficos podem adquirir gado a preços menores, aumentando as margens.
Por outro lado, se os agricultores decidirem reter novilhas para aumentar o rebanho, a oferta de gado diminui, fazendo com que os preços subam. Perto de 80% dos custos dos frigoríficos vêm da aquisição de gado.
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“Os ciclos das proteínas não se movem na mesma direção, tornando a diversificação uma ferramenta poderosa. Já escrevemos várias vezes sobre as margens menores da carne bovina dos EUA e as perspectivas sombrias de margens adiante. É aí que entra a diversificação da JBS”, explicam os analistas
O frango costuma ser o substituto natural da carne bovina quando os preços ao consumidor desta aumentam e a JBS se beneficia diretamente disso via poder de compra do consumidor, com as margens da empresa historicamente correlacionadas negativamente às margens da carne bovina da JBS nos EUA.
JBS apresenta melhor risc0-retorno da América Latina
Fora essa questão, a operação de carne bovina da JBS na Austrália também se beneficia da tendência negativa do ciclo da carne bovina nos EUA. Com a menor oferta de gado nos EUA devido à redução do abate de novilhas pelos agricultores e à redução do rebanho total, os preços do gado provavelmente aumentarão ainda mais, segundo o BTG.
“Isso aumenta a atratividade das importações de carne bovina para o país, tornando-a viável mesmo após o pagamento de impostos de importação, o que normalmente beneficia o Brasil e Austrália. As exportações acumuladas de carne bovina da Austrália para os EUA aumentaram quase 30%”, comentam.
O banco acredita que Pilgrim’s, a US Pork e a Austrália não deveriam apenas ser beneficiadas pela desaceleração do ciclo bovino dos EUA, mas também deverão proteger as margens consolidadas da JBS da oferta limitada de gado.
“Com espaço para atualizações de lucros por parte do consenso e uma sólida geração de caixa de 10%, mesmo durante um ciclo fraco de pecuária nos EUA, acreditamos que a JBS oferece o melhor risco-retorno no setor na América Latina”.