JBS (JBSS3), Marfrig (MRFG3) e Minerva (BEEF3): economia dos EUA recusa carne brasileira com mais imposto
O desempenho das exportações de carne bovina para os Estados Unidos se confirma menor e será acusado nos balanços do terceiro trimestre dos únicos três frigoríficos que atendem aquele mercado, e únicos do setor listados na B3 (B3SA3), o JBS (JBSS3), o Marfrig (MRFG3) e o Minerva (BEEF3).
O diferencial para os dois primeiros players de proteína bovina é que ambos possuem plantas locais, daí que fica a expectativa se o consumo caiu mesmo, na medida em que a inflação ascendeu e o Federal Reserve (Fed) confirmou taxas de juros de 0,75 pontos percentuais.
Mas pode ser mesmo já uma certa inflexão da economia americana pesando, uma vez que o produto brasileiro já está há alguns meses na franja mais alta do imposto de importação, daí chegando mais caro para os compradores e consumidores.
De resto, já percebida por vários analistas que Money Times tem ouvido anteriormente, como Rodrigo Crespi, da Guide Investimentos.
Enquanto em setembro os embarques gerais brasileiros batem recorde mensal, com mais de 231,4 mil toneladas – e China ampliando o seu, sobre agosto, para 137,7 mil/t -, as vendas para os EUA caíram para 5,8 mil toneladas na comparação com o mês anterior (7,2 mil/t).
Os dados da Abrafrigo e da Abiec, a partir de levantamento junto à Secex, apresentam algumas diferenças para os dois meses, mas sem distorção substancial. Em relação a julho, a distorção é grande, com a segunda entidade garantindo 6,6 mil/t e não mais de 17 mil/t registradas pela Abrafrigo.
De todo modo, as exportações para os EUA mostram enfraquecimento desde abril, quando ultrapassou 9 mil/t.
O cenário combina o excedente da “cota” brasileira para países com tarifa de importação móvel de 4% a 6% dependendo dos cortes, estabelecida pelo fisco desde o governo Trump. O Brasil tem 30 mil/t do total de quase 65 mil/t.
Como passou disso, totalizando quase 100 mil toneladas desde janeiro, o excedente carrega imposto de 26,4% nas contas dos importadores.
Bem ou mal, as entregas da proteína de boi do Brasil nos EUA já superam as 82,3 mil/t de 2021, além de em receita também, que foram de US$ 587 milhões.
No acumulado do ano, até setembro, o País movimentou 1,751 milhão/t (China com mais de 900 mil/t), com mais de US$ 7,4 bilhões em faturamento.
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