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JBS (JBSS3) lidera recomendações no agro para janeiro, mas outra ação chama atenção; veja as favoritas de 22 analistas

07 jan 2025, 15:27 - atualizado em 07 jan 2025, 16:37
jbs ações agronegócio
(iStock.com/Torsten Asmus)

JBS (JBSS3), assim como acontece desde setembro, liderou as recomendações entre as ações de agronegócio para o mês de janeiro, segundo levantamento do Money Times com 22 instituições financeiras. A ação recebeu 13 indicações.

Em um ano, JBSS3 acumula alta de 51,34% (até 15h26 desta terça-feira). O bom desempenho das ações em 2024 pode ser explicado por fortes spreads na maioria das unidades de negócios, demanda sólida e oferta restrita, principalmente para aves. O cenário foi similar para BRF (BRFS3).

Apesar de JBS liderar as recomendações há cinco meses, a Suzano (SUZB3), que acumulou alta de 12,91% no último ano e tem se beneficiado pela alta do dólar, chegou perto e contou com dez indicações neste mês.

Em entrevista ao Money Times, a diretora de relações com investidores da Suzano, Camila Nogueira, destacou que um câmbio alto é sempre mais favorável para Suzano. Cada variação de 10 centavos de variação do câmbio representa em torno de R$ 500 milhões em 12 meses na geração de caixa da companhia.

Fechando o pódio, estão as ações da Klabin (KLBN11), que assim como a Suzano, está focada na desalavancagem. Durante o Investor Day, o diretor financeiro e de relações com investidores da Klabin, Marcos Ivo, explicou que cada variação de 10 centavos no câmbio representa aproximadamente R$ 160 milhões no Ebitda da companhia.

A Cosan, que divide o terceiro lugar com três indicações, enfrenta um momento desafiador, após um ano marcado pelo “senso de urgência” sobre o que precisa ser feito para restaurar o equilíbrio da estrutura de capital da empresa.

Frigoríficos: bom para o frango e ruim para o boi

Enquanto os ventos caminham favoráveis para o segmento de frango, o mercado de boi começa a enfrentar um momento de inversão do ciclo pecuário, para um momento de oferta mais restrita.

O Bank of America espera que o mercado global de gado fique mais restrito no Brasil e nos Estados Unidos até 2025. Para o banco, o ciclo de baixa norte-americano pode durar até 2027, enquanto o abate no Brasil pode cair 6% em 2025.

A demanda por carne bovina continua forte e os preços seguem subindo, ainda que não em ritmo suficiente para compensar os custos do gado.

“Esperamos que o mercado global de gado seja menor em 2025 do que em 2024, com o declínio do abate no Brasil e nos EUA, que representam 30% do mercado. A oferta mais limitada de gado deve reduzir o abate nos EUA em aproximadamente 4% ano a ano, de acordo com o USDA, e aproximadamente 6% no Brasil, de acordo com a consultoria Safras & Mercado”, explicam as analistas da casa Isabella Simonato e Julia Zaniolo.

As ações do agronegócio mais indicadas para janeiro

Entre as ações que integram a carteira recomendada do agro, sete empresas tiveram ao menos uma recomendação de compra para janeiro.

Empresa Ticker Indicações
JBS JBSS3 13
Suzano SUZB3 10
Klabin KLBN11 3
Cosan CSAN3 3
BRF BRFS3 1
Minerva BEEF3 1
São Martinho SMTO3 1

O levantamento do Money Times levou em consideração as informações das carteiras de ações divulgadas por 22 instituições.

Participaram do levantamento: Ágora Investimentos, Andbank, Banrisul Daycoval, BB InvestimentosBTG Pactual, CM Capital, EQI Research, Empiricus ResearchGenial InvestimentosItaú BBA, Monte Bravo, Nova Futura, PlannerPagBankRicoRB InvestimentosSafraSantanderTerra Investimentos, Toro XP Investimentos

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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024, ficou entre os 80 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
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