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JBS (JBSS3) ‘puxa gatilho’ com guidance; Bradesco, Goldman e Santander elevam preço-alvo

17 set 2024, 11:28 - atualizado em 17 set 2024, 17:34

A JBS (JBSS3) divulgou ontem (16) seu guidance para 2024, apontando uma projeção de R$ 409,418 bilhões (US$ 76,500 bilhões) para receita líquida e Ebitda ajustado entre R$ 33,433 bilhões – R$ 36,233 bilhões (US$ 6,250 bilhões e US$ 6,750 bilhões).

Em reação, as ações terminaram o pregão com alta de 1,61%, a R$ 34,13.

Com a projeção, o Bradesco BBI atualizou seus números e elevou seu preço-alvo de R$ 43 para R$ 46 (alta de 33,72%) ao final de 2025.

O banco, que recomenda compra para ação, explica que suas estimativas de Ebitda estão 9% e 3% acima do consenso para 2024 e 2025, mesmo incorporando um real mais forte (R$ 5,10 ao final de 2025), segundo suas previsões.

“Apesar do desempenho das ações no acumulado do ano, vemos JBSS3 sendo negociada a 5x o múltiplo EV/Ebitda 2025, 7% abaixo de sua média histórica e também abaixo de seus pares, o que consideramos injustificado. Reafirmamos JBSS3 como nossa principal escolha entre as ações de empresas de proteína”, explicam Henrique Brustolin e José Ricardo Rosalen.

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JBSS3: Goldman Sachs projeta alta para ação e maior rentabilidade

Com os novos números, o consenso da Bloomberg para o Ebitda ajustado da JBS em 2024 foi revisado para cima em 37%. A orientação da empresa implica outro potencial de alta de 2% a 11% em relação às expectativas do mercado, apoiado tanto por um crescimento mais forte quanto melhor lucratividade.

O Goldman Sachs revisou sua previsão para o Ebitda ajustado do frigorífico em 6%, além de esperar uma reação positiva no preço das ações.

O banco elevou o preço-alvo de R$ 39,90 para R$ 40,30 (alta de 17,15%), com base em uma avaliação da soma das partes calculada usando múltiplos EV/EBITDA (inalterados) para os componentes e preço-alvo para Pilgrim’s Pride Corporation (inalterado).

Entre os riscos de queda para ação, o banco cita:

  1. Riscos de execução em torno do processo de listagem dupla nos EUA;
  2. Um novo excesso global de oferta de frango;
  3. Uma queda cíclica mais longa do que o esperado nos EUA;
  4. Deterioração macroeconômica e demanda global mais fraca do que o esperado por proteína;
  5. Volatilidade cambial;
  6. Concorrência dentro do Brasil em alimentos processados;
  7. Potenciais embargos de exportação, proibições e/ou interrupções sanitárias; e
  8. Potenciais litígios.

Santander revisa projeções

O Santander reforçou sua recomendação outperform (compra) e elevou seu preço-alvo para ação de R$ 45 para R$ 49, já que o guidance confirma um forte impulso de lucros, alimentado por preços mais baixos de commodities, depreciação do real e o aumento limitado no fornecimento de proteína em meio a um cenário de forte consumo.

“Estamos aumentando nossas estimativas de EBITDA em aproximadamente 10% para R$ 34,4 bilhões, 7% acima do consenso, enquanto aumentamos nosso fluxo de caixa livre para o patrimônio líquido estimado em 25% para R$ 10,5 bilhões, indicando que a JBS está agora negociando com um rendimento atrativo de 14% do FCFE para 2024”, apontam Guilherme Palhares e Laura Hirata.

De acordo com o banco, a administração do frigorífico indicou que a a empresa pode atingir 2,2x dívida líquida para Ebitda até o final do ano, contra sua suposição mais conservadora de 2,6x. “Isso sugere potencial de alta para nossos números de fluxo de caixa e pode permitir que a empresa reinvista mais do que o esperado para expandir o negócio”.

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo.
pasquale.salvo@moneytimes.com.br
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo.