JBS (JBSS3) cresce com ‘ano do frango’ e Minerva (BEEF3) espera melhora por câmbio; as prévias do Bradesco BBI no 2T24
A Minerva Foods (BEEF3) e a JBS (JBSS3) divulgam seus resultados do segundo trimestre de 2024 (2T24) nos dias 7 e 13 de agosto, respectivamente.
O Bradesco BBI espera que a Minerva reporte uma receita líquida de R$ 7,5 bilhões no 2T24 (aumento de 2% ano a ano), Ebitda de R$ 741 milhões (avanço de 4% ano a no) e lucro líquido ajustado de R$ 116 milhões.
“Na operação brasileira, esperamos que os resultados reflitam a continuação de um ciclo positivo de gado combinado com preços de exportação de carne bovina um tanto resilientes e boa demanda doméstica. Também esperamos melhorias sequenciais na receita em todos os outros países, especialmente no Paraguai. Ambos os fatores devem levar a uma margem EBITDA consolidada de 9,9%, uma melhoria de 1,2 pp no trimestre (+0,2 pp em base anual)”, comentam Henrique Brustolin e José Ricardo Rosalen
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Por outro lado, o lucro líquido da empresa deve ser impactado negativamente pela marcação a mercado da dívida líquida denominada em dólares, a partir de um real mais fraco, mas ainda sem comprometer a expectativa de um cenário positivo.
Com isso, o BBI, que mantém recomendação neutra e preço-alvo de R$ 8, acredita que os resultados do 3T24 da Minerva devem refletir mais claramente o ambiente cambial favorável para os exportadores brasileiros de proteína.
‘Ano do frango’ deve impulsiona JBS
Quanto ao frigorífico da JBS, o banco espera uma receita líquida de R$ 97,6 bilhões (aumento de 9% ano a ano), Ebitda de R$ 8,3 bilhões (avanço de 86% em base anual) e lucro líquido ajustado de R$ 2,6 bilhões, com destaques positivos para Pilgrim’s Pride Corporation (PPC) e Seara.
“No caso da PPC, os fortes preços do frango e a demanda resiliente no mercado dos EUA devem ajudar a divisão a entregar uma margem Ebitda de 15%, aumento de 3,5pp no trimestre, enquanto o bom momento do mercado doméstico de aves permanece.
Enquanto isso, um ciclo favorável e a sazonalidade devem impactar positivamente a operação brasileira de carne bovina da JBS, traduzindo-se em expansão trimestral da margem EBITDA de 2pp, para 6,5%.
Por fim, o ambiente desafiador para o mercado de gado dos EUA deve continuar, mas uma melhor sazonalidade deve ajudar a JBS a reportar margem de carne bovina na operação americana (US Beef) em território positivo, de 0,2%.
O BBI mantém sua recomendação de compra e preço-alvo de R$ 43 (top pick no setor), com o ímpeto dos lucros acelerando nos resultados do 2T24, com mais por vir no 3T24.