JBS (JBSS3): Veja os riscos para 2023 e o que fazer com as ações
As ações da JBS (JBSS3) sofrem pressão vendedora nesta quarta-feira (22), após o frigorífico entregar resultados piores que o esperado pelo mercado no quarto trimestre de 2022 (4T22), fechando uma fotografia ruim para todo o setor de proteína animal listado na B3.
Por volta das 14h45 (horário de Brasília), os papéis ordinários da companhia caíam 1,99% a R$ 18,76 cada. Na mínima do dia, às 10h13, as ações foram a R$ 18,17 e, mais tarde, às 13h44, tocaram na máxima diária a R$ 18,98.
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No balanço divulgado, o lucro líquido do frigorífico encolheu 63,7% no último trimestre, com saldo de R$ 2,3 bilhões, em linha com o desempenho reportado pelos demais pares.
O Santander explica que a JBS entregou um ebitda ajustado 28% abaixo do esperado pelo consenso de mercado.
O banco reitera recomendação neutra para a JBS, com preço-alvo de R$ 22,50 nos próximos 12 meses.
O Santander pontua que a administração do frigorífico deixou clara que as condições “desafiadoras” ao negócio se arrastam pelo primeiro trimestre de 2023.
“Mesmo após uma geração de caixa de R$ 1,2 bilhão no 4T22, a JBS está exposta a aumento de preços dos grãos, encarecendo a ração animal, além de viradas na demanda por boi ao longo do ano”, diz o Santander em relatório enviado a clientes.
JBS tem riscos piorando
A Ativa Investimentos também já esperava números fracos da JBS no quarto trimestre, enxergando até a piora da situação em 2023.
Com recomendação neutra e preço-alvo de R$ 33, a corretora alerta que os fundamentos estão piorando, o que pode derrubar ainda mais os preços.
Já o Itaú BBA recomenda a compra da JBS, com preço-alvo de 39, implicando no potencial de valorização de 105%, considerando o valor de fechamento a R$ 19 na segunda-feira (21).
“A dívida líquida e a alavancagem da JBS vieram em linha com o esperado, o que corrobora com o balanço de ativos da empresa e valuation atrativo. Ainda falta previsibilidade com as margens da Seara no curto prazo, levando investidores a penalizar a ação”, comenta o analista Gustavo Troyano, em relatório enviado a clientes.