JBS (JBSS3) conseguiu o que queria ao reabrir plantas no MT; Redentor ainda está fora da China
Numa entressafra de boa oferta de boi, o cenário do Mato Grosso segue sombrio, e pode piorar se as chuvas voltarem com regularidade a partir do mês próximo.
Quatro plantas da JBS (JBSS3) voltaram a operar no Mato Grosso, depois de paralisadas no começo de agosto, mas oferecendo preços que foram deprimidos em mais de R$ 20 com a saída da companhia das compras.
Ou seja, a companhia pratica preços abaixo de quando resolveu dar férias coletivas, segundo Francisco Manzi, superintendente da Associação dos Criadores do Mato Grosso (Acrimat).
Como o fechamento de unidades no estado é comum só quando falta boi, a ação da JBS sempre foi vista como tentativa de derrubar os preços. Conseguiu o que queria.
Entre o piso do Norte do estado, a região mais prejudicada com três plantas paradas e quase nenhum outro concorrente, e os de Cuiabá e do Sudoeste, a média é de R$ 265 a @, tomando por base a referência da Scot Consultoria.
De Guarantã do Norte, as notícias ainda não são boas para os produtores de boi China.
O Frigorífico Redentor ainda não teve retirara a suspensão imposta às exportações da empresa pelos chineses, também em agosto, depois de habilitar a empresa dois meses antes, de acordo com Manzi.
No final do mês chegou-se a noticiar, via Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que seria levantado o embargo.
O movimento do maior comprador brasileiro suspendendo unidades temporárias, inclusive de outros países, é cíclico desde o começo do 2º trimestre. Na maioria dos casos, sem explicações detalhadas, o que sempre deixa no ar a intenção de fazer pressão.
Os abates informados do frigorífico são de 600/dia, pouco diante do JBS de Barra do Garças, igualmente com habilitação China, mas acabam por representar um pouco mais de pressão na oferta geral do estado.
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