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JBS fecha unidade de suínos nos EUA devido ao coronavírus e reduz oferta no país

20 abr 2020, 15:11 - atualizado em 20 abr 2020, 15:11
JBS
O fechamento limita o volume de carne que os Estados Unidos podem produzir para os consumidores durante a epidemia (Imagem: REUTERS/Jim Urquhart)

A JBS (JBSS3) USA fechará por período indeterminado uma instalação de abates de suínos localizada em Minnesota, nos Estados Unidos, que produz cerca de 5% da carne suína do país, devido à pandemia de coronavírus, informou a companhia nesta segunda-feira.

O fechamento limita o volume de carne que os Estados Unidos podem produzir para os consumidores durante a epidemia e aumenta o estresse sobre os produtores que estão perdendo um mercado para seus animais.

A unidade da JBS que será fechada fica na cidade de Worthington, Minnesota, emprega mais de 2.000 trabalhadores e processa 20.000 suínos por dia, de acordo com o comunicado.

A companhia sugeriu que os funcionários da fábrica sigam a orientação do Estado de ficarem em casa como forma de se impedir a propagação do coronavírus, até que a instalação no Condado de Nobles reabra.

“Está claro que a doença está muito mais difundida nos EUA e em nosso município do que as estimativas oficiais indicam, com base em testes limitados”, disse o presidente da JBS USA Pork, Bob Krebs.

O governo norte-americano considerou os trabalhadores agrícolas essenciais durante a pandemia porque são responsáveis ​​por manter o suprimento de alimentos do país.

A instalação de Worthington encerrará as operações nos próximos dois dias com uma equipe reduzida, para que a carne de porco que já está na operação possa ser “utilizada para dar apoio à oferta de alimentos”, disse a matriz do grupo JBS, com sede no Brasil.

Os concorrentes Tyson Foods e Smithfield Foods já fecharam fábricas de suínos devido ao contágio do vírus entre os funcionários. Já a JBS e a National Beef encerraram as atividades de fábricas produtoras de carne bovina.

“Quando o Covid-19 é predominante na comunidade, o medo aumenta, o absenteísmo aumenta e o desafio de manter o vírus fora se torna maior”, afirmou a JBS.

“Quando os níveis de absenteísmo se tornam muito altos, as instalações não podem operar com segurança”, acrescentou a companhia.