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JBS encerra contrato com empresa dos EUA multada por contratar adolescentes

24 abr 2023, 21:00 - atualizado em 24 abr 2023, 21:00
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A JBS disse que não tolera o trabalho infantil e está afastando a PSSI de todos os locais onde supostamente houve trabalho infantil, disse a porta-voz, Nikki Richardson (Imagem: REUTERS/Shannon Stapleton)

A JBS USA está encerrando contrato com uma empresa norte-americana que foi multada por contratar adolescentes para limpar frigoríficos, informou a JBS (JBSS3) nesta segunda-feira, acrescentando que em algumas instalações o serviço será realizado internamente.

As mudanças são sinal de que a investigação do governo dos Estados Unidos sobre a empresa de saneamento de segurança alimentar Packers Sanitation Services (PSSI) está provocando ajustes por parte de importantes empresas de carne.

A JBS disse que não tolera o trabalho infantil e está afastando a PSSI de todos os locais onde supostamente houve trabalho infantil, disse a porta-voz, Nikki Richardson.

A empresa de carnes está empregando diferentes fornecedores terceirizados em algumas fábricas e contratando seus próprios trabalhadores em outras, incluindo em uma instalação de carne bovina em Cactus, no Texas, que não foi local das supostas violações trabalhistas, disse Richardson.

A PSSI, que disse anteriormente ter uma política de tolerância zero para a contratação de menores, não respondeu de imediato a um pedido de comentário.

O Departamento do Trabalho dos EUA disse em fevereiro que a PSSI pagou 1,5 milhão de dólares em multas por empregar mais de 100 adolescentes em trabalhos perigosos em fábricas de carne em oito Estados norte-americanos.

O órgão não acusou empresas de carne de irregularidades, embora o governo Biden tenha incentivado empresas do setor a revisar suas cadeias de suprimentos em busca de evidências de trabalho infantil.

A Reuters noticiou que o uso ilegal de mão de obra infantil –particularmente de migrantes– é algo generalizado, inclusive em fábricas de frangos no Alabama e por terceirizadas que empregam trabalhadores nas fábricas da Hyundai e Kia. As montadoras disseram não tolerar violações da lei trabalhista.