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JBS e BRF têm forte queda com noticiário negativo; Marfrig também recua

09 out 2019, 12:44 - atualizado em 09 out 2019, 12:44
JBS Empresas
Quarta-feira de queda para os principais grupos frigoríficos brasileiros (Imagem: Reuters)

Por Investing.com

A jornada desta quarta-feira é marcada por importantes perdas para os principais grupos frigoríficos brasileiros listados na B3. Entre os motivos para o movimento negativo está o pedido de senadores dos Estados Unidos para investigação de aquisições da JBS (JBSS3) no país. Além disso, a BRF (BRFS3) informou que sua planta de Abu Dhabi passa por uma auditoria, o que restringe as vendas para a Arábia Saudita.

Sendo assim, às 12h42, as ações da JBS cediam 3,95% a R$ 29,44, com Marfrig (MRFG3) recuando 2,96% a R$ 11,13 e BRF 1,42% a R$ 36,68. Mesmo a Minerva (BEEF3), que não faz parte do Ibovespa, registrou desempenho negativo de 0,77% a R$ 10,30.

JBS 

O pedido de senadores americanos para iniciar uma investigação sobre aquisições feitas pela JBS foram motivadas pelo envolvimento da companhia brasileira com casos de corrupção no Brasil e na Venezuela.

Em carta, os senadores Marco Rubio e Robert Menendez pedem que o Comitê de Investimento Estrangeiro nos Estados Unidos (CFIUS, na sigla em inglês) revise a compra de companhias do país pela JBS , incluindo Swift, Smithfied Foods, Pilgrim’s Pride e o braço de suínos da Cargill no país, entre 2007 e 2015.

Os parlamentares alegam que durante os anos dessas compras nos EUA, a JBS  se viu envolvida numa ampla rede de atividades ilícitas, citando o caso em que a controladora J&F, em 2017, fez acordo para pagar 3,2 bilhões de dólares por envolvimento num escândalo de corrupção no Brasil.

Em nota, a JBS  afirmou que “cooperou totalmente com as autoridades americanas, sempre de maneira transparente em relação aos eventos passados no Brasil”.

BRF 

Nesta quarta-feira, a BRF  informou que a fábrica da empresa em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos, passa por auditoria para atestar o valor agregado na produção local, segundo as regras do Conselho de Cooperação do Golfo.

A nota da companhia segue reportagem publicada pelo Valor Econômico de que a Arábia Saudita restringiu drasticamente as compras de alimentos produzidos naquela fábrica.

“A empresa tem estoque suficiente na região e direciona sua produção a outros mercados do Golfo até que o fluxo comercial seja totalmente restabelecido”, afirmou a BRF, repetindo comentários já publicado pelo Valor.

Conforme a reportagem do Valor, citando uma fonte, oficialmente, os alimentos industrializados à base de frango feitos na unidade foram barrados depois de uma auditoria do governo.

A Arábia Saudita tem essa prerrogativa, segundo o Valor, porque a fábrica, inaugurada em 2014, foi construída com incentivos fiscais do CCG, do qual também fazem parte os Emirados Árabes Unidos, Barein, Omã, Catar e Kuwait.

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