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JBS (JBSS32): Ações recuam quase 6% após 2T25 negativo nos EUA; veja a avaliação de 5 analistas — e saiba se é hora de comprar

14 ago 2025, 15:28 - atualizado em 14 ago 2025, 17:35
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Balanço da JBS revela margens fracas nos EUA, mas analistas seguem otimistas com diversificação e listagem em Nova York. (Foto: Divulgação JBS)

As ações da JBS recuaram nesta quinta-feira (14) após a divulgação dos resultados no segundo trimestre de 2025 (2T25). Tanto os papéis JBS listados em Nova York, quanto o BDR  (Brazilian Depositary Receipt) JBSS32, listado na B3, chegaram a cair quase 6% na mínima intradia.

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Os papéis JBSS32 encerrou com queda de 4,42%, a R$ 74,99. Já JBS teve recuo de 4,54%, a US$ 13,89.



A grande vilã dos resultados da companhia foi a JBS Beef North America, uma das principais unidades de negócio da companhia, que enfrenta um ciclo desafiador da carne bovina nos Estados Unidos.

De acordo com o BTG Pactual, foi provavelmente “a margem mais baixa desde que a JBS entrou no mercado dos EUA“. Com oferta restrita e custo do gado em níveis recordes, a companhia não conseguiu repassar os custos, mesmo com forte demanda.

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Apesar da empresa ter crescido 60% no lucro líquido, alcançando a R$ 3 bilhões, a divisão nos EUA registrou margem Ebitda negativa, de -4%. O indicador mede o percentual de lucro antes de descontar juros e impostos.

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O Santander destaca que margens mais fracas que o esperado nas operações de U.S. Beef e U.S. Pork foram compensadas por preços fortes de alimentos processados no Brasil e pela resiliência das exportações da Seara.

No entanto, a fraqueza no mercado norte-americano, junto das pressões externas sobre a Seara e a carne bovina no Brasil (tarifas e embargos), exigem cautela, fazendo com que o banco adote recomendação neutra para as ações.

Durante a conferência de apresentação dos resultados, os executivos da JBS destacaram que o segmento de carne bovina nos EUA continuarão a lidar com a baixa disponibilidade de gado por cerca de três ou quatro trimestres, com melhorias graduais no rebanho ocorrendo gradualmente a partir do final de 2027.

Em relação ao choque tarifário, os executivos afirmaram que as tarifas não impactaram de forma relevante no 2T25 e que ainda é cedo para quantificar esse impacto.

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“Para algumas plantas específicas que exportam para os EUA, talvez teremos um impacto, mas nossa plataforma global nos ajuda a redirecionar e diversificar os volumes em outros mercados”, disse o CEO Gilberto Tomazoni.

4 analistas recomendam compra para JBS

Apesar dos ventos contrários no curto prazo, a visão majoritária entre os analistas de mercado é positiva. Dentre cinco relatórios analisados, quatro mantêm recomendação de compra para os papéis da JBS, apostando na força estrutural da companhia.

O principal argumento é a diversificação. O BB Investimentos considera o resultado “positivo” e destaca que a diversificação geográfica e de proteínas da JBS tem permitido compensar o ciclo desfavorável em unidades específicas. O banco vê as ações valorizando mais de 40%, com preço-alvo de R$ 110.

A XP Investimentos também ressalta que os segmentos da Austrália e a Seara surpreenderam positivamente, superando as expectativas. O alvo é de R$ 112, ainda maior que o do BB.

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O BTG Pactual e a Genial Investimentos veem o principal catalisador para as ações não nos resultados trimestrais, mas no potencial de reavaliação dos múltiplos da empresa após a listagem em Nova York.

O BTG ainda destaca a política de dividendos da empresa, de no mínimo US$ 1 bilhão anual. A companhia considera que está entregando valor ao acionista e anunciou um programa de recompra de até 10% das ações, no valor de US$ 400 milhões.

Veja as recomendações de cada casa para a JBS:

Corretora/Banco Recomendação Preço-Alvo BDR Preço-Alvo NYSE
Santander Neutra R$ 91,60 (JBSS32) US$ 17,00
XP Investimentos Compra R$ 112,00 (JBSS32)
BTG Pactual Compra R$ 110,00 (JBSS32) US$ 20,35
BB Investimentos Compra R$ 110,00 (JBSS32)
Genial Compra R$ 109,00 (JBSS32) US$ 20,00

Fonte: Relatórios do BTG Pactual, XP, Santander, Genial e BB Investimentos.

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Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.
gustavo.silva@moneytimes.com.br
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