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Japão também deve limitar exportação de chips para China, diz Bloomberg

12 dez 2022, 12:22 - atualizado em 12 dez 2022, 12:22
O governo Biden tem dito que as medidas visam impedir que militares chineses obtenham chips avançados (Imagem: Official White House Photo by Adam Schultz)

Japão e Países Baixos concordaram, em princípio, em unir forças com os EUA para restringir as exportações de máquinas avançadas de fabricação de chips para a China, segundo pessoas com conhecimento do assunto, um potencial golpe para as ambições tecnológicas do governo de Pequim.

Os dois países devem anunciar nas próximas semanas que adotarão pelo menos algumas das medidas abrangentes implementadas pelos EUA em outubro para limitar a venda de equipamentos avançados para a produção de semicondutores, segundo as pessoas, que pediram para não serem identificadas.

O governo Biden tem dito que as medidas visam impedir que militares chineses obtenham chips avançados.

A aliança de três países representaria um bloqueio quase total da capacidade da China de comprar equipamentos necessários para fabricar chips de ponta. As regras dos EUA restringiram a oferta da Applied Materials, Lam Research e KLA, fornecedores de equipamentos dos EUA.

A japonesa Tokyo Electron e a holandesa ASML, especialista em litografia, são os outros dois fornecedores críticos que os EUA precisavam para tornar as sanções efetivas, o que torna a adoção dos controles de exportação por seus governos um marco significativo.

“Não há como a China construir uma indústria de ponta por conta própria. Sem chance”, disse Stacy Rasgon, analista da Sanford C. Bernstein.

A Bloomberg News informou na semana passada que autoridades holandesas planejavam novos controles de exportação para a China.

O governo japonês concordou com restrições semelhantes nas últimas semanas, já que os dois países queriam agir em conjunto, disseram as pessoas.

O Japão teve que superar a oposição de empresas domésticas que preferem não perder vendas para a China, disse uma das fontes. Além da Tokyo Electron, a Nikon e a Canon são empresas com menor participação de mercado.

O Ministério da Economia, Comércio e Indústria (METI) do Japão não respondeu aos pedidos de comentário.

Os três países são as principais fontes mundiais de maquinário e conhecimentos necessários para fabricar semicondutores avançados.

O integrante do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, Tarun Chhabra, e o subsecretário de Comércio para Indústria e Segurança, Alan Estevez, visitaram os Países Baixos no fim de novembro para discutir os controles de exportação, apurou a Bloomberg, enquanto a secretária de Comércio de Comércio dos EUA, Gina Raimondo, havia conversado sobre os mesmos problemas com o responsável pelo METI, Yasutoshi Nishimura, por teleconferência na semana anterior.

Com a mudança, autoridades holandesas e japonesas essencialmente codificarão e expandirão suas medidas de controle de exportação existentes para restringir ainda mais o acesso da China a tecnologias mais modernas de chips.

Os dois governos planejam proibir as vendas de máquinas capazes de fabricar chips de 14 nanômetros ou mais avançados para a China, disseram as pessoas. As medidas se alinham com algumas regras estabelecidas pelo governo de Washington em outubro.

A tecnologia de 14 nm está pelo menos três gerações atrás dos últimos avanços disponíveis no mercado, mas já é a segunda melhor tecnologia da Semiconductor Manufacturing International, líder na fabricação de chips da China.

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bloomberg@moneytimes.com.br
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