Japão revisa para baixo expansão do PIB no 4º trimestre

O Banco do Japão aumentou a taxa de juros de curto prazo em janeiro para o maior nível em 17 anos. (Imagem: REUTERS/Toru Hanai)

Siga o MT no WhatsApp

A economia do Japão expandiu no quarto trimestre em um ritmo mais lento do que o relatado inicialmente, influenciada por um consumo mais fraco, mas ainda assim deve justificar novos aumentos na taxa de juros.

Ao mesmo tempo, funcionários do governo e analistas expressaram preocupação com os riscos das políticas tarifárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e com o consumo fraco afetado pelos preços mais altos.

O Produto Interno Bruto (PIB) teve uma expansão anualizada de 2,2% nos três meses até dezembro, mostraram os dados revisados do Escritório do Gabinete nesta terça-feira, contra estimativa inicial de 2,8%.

• SAIBA MAIS: O Seu Dinheiro, portal parceiro do Money Times, mapeou os investimentos mais promissores do mês de março; veja as recomendações de especialistas do mercado

Os números revisados do PIB se traduzem em uma expansão trimestral de 0,6% em termos ajustados pelos preços, em comparação com 0,7% divulgado em fevereiro. A fraqueza no consumo também foi observada nos dados de gastos das famílias, muito mais fracos do que o esperado, divulgados na terça-feira (11).

“Não houve nenhuma mudança significativa, então não acho que isso terá qualquer impacto na mudança da percepção das pessoas sobre a economia”, disse Kazutaka Maeda, economista do Instituto de Pesquisa Meiji Yasuda.

“Se você olhar para o PIB por si só, não acho que isso impedirá o Banco do Japão de aumentar a taxa de juros.”

Leia também

Mercados

Ibovespa fica no vermelho com Petrobras (PETR4) e Wall Street; dólar volta a cair e fecha a R$ 5,81 com tarifas de Trump

Empresas

Cury (CURY3): Lançamentos até início de março disparam quase 50% sobre um ano antes

O Banco do Japão aumentou a taxa de juros de curto prazo em janeiro para o maior nível em 17 anos, e o impulso do crescimento na quarta maior economia do mundo será um dos principais fatores que determinarão a rapidez com que o banco continuará a apertar a política monetária.