Internacional

Japão: Confiança do empresariado atinge mínima de dois anos em março

01 abr 2019, 6:44 - atualizado em 01 abr 2019, 7:45
Política econômica de Abe pode não estar surtindo efeito (Arquivo/Wilson Dias/Agência Brasil)

A confiança do empresariado no Japão caiu para o menor patamar em quase dois anos em março, diante das preocupações da guerra comercial entre China e EUA e as decorrências para as exportações, de acordo com a pesquisa Tankan, divulgada pelo BoJ (Bank of Japan).

A pesquisa reforçou a visão de que a política inflacionária apelidada de “Abenomics”, na qual usa-se a tríade estímulo fiscal, afrouxamento monetário e reformas estruturais para gerar alta no nível geral de preços do Japão, não está surtindo efeito, pressionando o BoJ para manter ou até aumentar os programas de estímulo à economia.

Se a desaceleração do comércio internacional se concretizar e afetar a demanda doméstica, aumentará a pressão sobre Shinzo Abe, primeiro-ministro do Japão, de postergar a alta dos impostos prevista para outubro. Em caso de novo adiamento, será o terceiro consecutivo.

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Mais estímulos do BoJ?

“Nós vemos ao todo números mais fracos e o horizonte está se deteriorando, refletindo a desaceleração na economia japonesa”, afirmou Hiroshi Miyazaki, economista-sênior da Mitsubishi UFJ Morgan Stanley Securities, a Reuters.

“Eventualmente, a economia em desaceleração afetará o emprego, então existe uma chance crescente de que o BoJ terá que reavaliar suas políticas”, completou.

Confira abaixo pesquisa completa Tankan:

Graduado em Ciências Econômicas pela USP, tendo cursado mestrado em Ciências Humanas e em Economia na UFABC, Valter Outeiro acumulou anos de vivência no mercado financeiro através de passagens nas áreas de estratégia de investimentos dentro de private banks, em multinacionais produtoras de índices de ações e em redações de jornalismo econômico.
valter.silveira@moneytimes.com.br
Graduado em Ciências Econômicas pela USP, tendo cursado mestrado em Ciências Humanas e em Economia na UFABC, Valter Outeiro acumulou anos de vivência no mercado financeiro através de passagens nas áreas de estratégia de investimentos dentro de private banks, em multinacionais produtoras de índices de ações e em redações de jornalismo econômico.