Economia

Japão, China e Coreia do Sul se reúnem em ‘ponto de virada na história’ geopolítica

22 mar 2025, 15:52 - atualizado em 22 mar 2025, 15:52
Japão, China e Coreia do Sul
(Foto: Reuters/Rodrigo Reyes Marin)

Os principais diplomatas de Japão, China e Coreia do Sul se reuniram em Tóquio no sábado, buscando pontos em comum sobre questões econômicas e de segurança do Leste Asiático em meio à escalada da incerteza global.

“Dada a situação internacional cada vez mais grave, acredito que podemos realmente estar em um ponto de virada na história”, disse o ministro das Relações Exteriores do Japão, Takeshi Iwaya, no início da reunião em Tóquio com o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, e o ministro das Relações Exteriores da Coreia do Sul, Cho Tae-yul.

Os três concordaram em acelerar os preparativos para uma cúpula trilateral no Japão este ano, que também incluiria conversas sobre como Tóquio, Pequim e Seul podem lidar com o declínio da taxa de natalidade e o envelhecimento da população, afirmou Iwaya em um anúncio conjunto após a reunião.

A primeira reunião dos ministros das Relações Exteriores dos países desde 2023 ocorre no momento em que o presidente dos EUA, Donald Trump, rompe alianças de décadas, potencialmente abrindo a porta para que a China forje laços mais estreitos com países tradicionalmente alinhados com Washington.

“Nossas três nações têm uma população combinada de quase 1,6 bilhão de habitantes e uma produção econômica superior a US$24 trilhões. Com nossos vastos mercados e grande potencial, podemos exercer uma influência significativa”, disse Wang. Ele acrescentou que a China quer retomar as negociações de livre comércio com seus vizinhos e expandir a participação na Parceria Econômica Abrangente Regional de 15 nações.

Entretanto, ainda há divisões profundas. Pequim está em desacordo com Tóquio e Seul em várias questões importantes, incluindo seu apoio à Coreia do Norte, sua intensificação da atividade militar em torno de Taiwan e seu apoio à Rússia na guerra com a Ucrânia.

Os aliados dos EUA Japão e Coreia do Sul, que hospedam milhares de tropas norte-americanas, compartilham a opinião de Washington de que a China — a segunda maior economia do mundo — representa uma ameaça crescente à segurança regional.

Cho disse que, durante a reunião, pediu à China que ajude a persuadir a Coreia do Norte a abandonar suas armas nucleares.

“Também enfatizei que a cooperação militar ilegal entre a Rússia e a Coreia do Norte deve ser interrompida imediatamente e que a Coreia do Norte não deve ser recompensada por seus erros durante o processo de acabar com a guerra na Ucrânia”, acrescentou.

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
reuters@moneytimes.com.br
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar