Janssen fará reunião dia 16 para pedir uso emergencial de vacina da Janssen, diz Anvisa
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A Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, pediu à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) uma reunião no dia 16 de março no qual vai pedir autorização para uso emergencial da vacina da sua subsidiária Janssen, informou o diretor-presidente do órgão regulador brasileiro, Antonio Barra Torres.
A informação foi prestada por Torres próximo ao encerramento, na noite desta quinta-feira, de audiência pública no Senado para discutir ações para o enfrentamento da pandemia de coronavírus, entre elas a vacinação no país.
“Estamos recebendo agora a notícia de que a empresa Johnson & Johnson-divisão Janssen solicita à Anvisa reunião, já com data marcada para o dia 18 de março… confere, Dra. Meiruze?”, disse o diretor-presidente da Anvisa.
“Dia 16”, corrigiu a diretora da Anvisa Meiruze Sousa Freitas, da área do órgão de medicamentos e presente à sessão do Senado.
“Dia 16 de março, para a submissão de autorização de uso emergencial”, disse Torres. “Temos aí uma boa notícia referente a mais uma vacina para ser concretizada”, reforçou.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), comemorou a notícia e chegou a sugerir se seria possível antecipar a reunião para uma data mais breve.
Na quarta-feira, o Ministério da Saúde oficializou a intenção de comprar 38 milhões de doses da vacina da Janssen no país.
Essa discussão foi fruto de uma reunião do ministro da pasta, Eduardo Pazuello, com representantes do laboratório.
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Nesta quinta, durante audiência do Senado, o secretário-executivo do ministério, Élcio Franco, apresentou aos senadores uma tabela com a previsão de que a pasta espera receber 16,9 milhões de doses da vacina da Janssen até o final de setembro e outros 21,1 milhões de doses até dezembro.
Até o momento, a Anvisa autorizou o uso emergencial das vacinas CoronaVac e AstraZeneca-Oxford, que já têm sido usadas para imunizar grupos prioritários no país.
A agência também já deu o registro definitivo de uso da vacina da Pfizer, o que permitiria uma vacinação em massa da população. Entretanto, o ministério ainda não comprou doses desse imunizante –também na véspera foi formalizada a intenção de comprar 100 milhões de doses dele.