Análise Técnica

Janela do Ibovespa se abriu? Índice pode bater nos 130 mil pontos, vê Itaú BBA

03 jul 2024, 12:05 - atualizado em 03 jul 2024, 12:05
Em relatório do Itaú BBA, os analistas gráficos Fábio Perina, Lucas Piza e Igor Caixeta destacam que o Ibovespa saiu da tendência de baixa

O Ibovespa tira o atraso e dispara na sessão desta quarta-feira, após derreter 7% no primeiro semestre, repercutindo o alívio das tensões entre o governo e o mercado.

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No final da tarde, o presidente Lula se reúne com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para discutir a disparada do dólar dos últimos dias.

A moeda americana chegou a bater em R$ 5,70 após declarações do presidente. Outra pauta em discussão é o possível corte de gastos, algo que o governo reluta em fazer.

Em relatório do Itaú BBA, os analistas gráficos Fábio Perina, Lucas Piza e Igor Caixeta destacam que o Ibovespa saiu da tendência de baixa.

“Porém, entendemos que o mercado, como um todo, ainda não”, dizem. Eles calculam que para que o ímpeto comprador retorne, será necessário encerrar algum pregão acima dos 125.400 pontos. “Se isso acontecer, o alvo inicial será em 130.000 pontos”, completam.

Por outro lado, o investidor precisa estar atento ao suporte intermediário de 123.300 pontos, pois caso o Ibovespa volte a negociar abaixo desse patamar, perderá o viés de alta observado nas últimas semanas.

Ibovespa: Alívio externo

A Ágora Investimentos lembra que em outros mercados, o dólar recua frente a maioria das moedas, enquanto os rendimentos dos Treasuries estão relativamente estáveis.

Segundo a Reuters, no exterior, os rendimentos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos tinham mais uma sessão de queda, com o yield do Treasury de 10 ano marcando 4,4059%, de 4,436% na véspera, enquanto o S&P 500, referência do mercado acionário norte-americano, subia 0,11%.

“Esse ambiente externo é tecnicamente favorável para os ativos locais”, destaca.

Apesar disso, a corretora lembra haver rumores de que o Banco Central consultou mesas de operação no mercado, para sondar os agentes sobre a demanda para uma eventual intervenção no câmbio.

“Isso pode contribuir ainda com a volatilidade e continuar pressionando as taxas de juros futura”.

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