Janela de recuperação do IRB (IRBR3) está se fechando, dizem analistas; Entenda
O IRB (IRBR3) divulgou o resultado parcial de fevereiro com prejuízo de R$ 50,9 milhões, reversão em relação ao lucro líquido de R$ 20,8 milhões registrado no mesmo período do ano passado.
A despesa de sinistro em fevereiro de 2022 foi de R$ 188,9 milhões, uma redução de 50,2%, contra os R$ 379,6 milhões do ano anterior. O índice de sinistralidade em fevereiro ficou em 81,0%, ante 70,7% em 2021.
“Registramos efeito não-recorrente referente à operação de LPT (Loss Portfolio Transfer) que agravou a linha de prêmio retrocedido em R$ 218,8 milhões e reduziu a linha de sinistro retido em R$ 200,8 milhões, gerando um efeito negativo no resultado de subscrição da companhia de R$ 18 milhões”, afirma a empresa.
De acordo o Credit Suisse, em rápido comentário enviado a clientes, caso a companhia não consiga voltar para território positivo nos próximos meses, a situação de capital vai ficar mais “apertada”.
Em comentário, a Genial destacou que continua cética em relação ao papel.
Dentre as razões, estão:
- constante consumo de capital e necessidade de novos aportes;
- continuidade dos impactos de contratos descontinuados (efeito cauda);
- incerteza em relação ao ROE (retorno sobre patrimônio) de longo prazo, e;
- pressão na sinistralidade do seguro rural;
A corretora recomenda vender o papel.
Barsi defende que controladores salvem IRB
O megainvestidor Luiz Barsi, um dos acionistas do IRB, defende que os controladores da empresa (Itaú Seguros e Bradesco Seguros) socorram a companhia.
Em entrevista à Agência TradeMap, o investidor disse que “agora talvez queiram que os acionistas menores resolvam o problema, mas acho que eles (os controladores) que têm que resolver”.
Segundo ele, o ex-diretor Fernando Passos, que sofreu abertura de processo na SEC, a CVM dos EUA, tem reiterado que a maioria dos maus contratos do IRB foram repassados pelos controladores.
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