Bolsa de Valores

Já tem data: Bolsa de valores do Rio de Janeiro vai iniciar operações no segundo semestre de 2025

03 jul 2024, 12:08 - atualizado em 03 jul 2024, 13:16

A bolsa de valores do Rio de Janeiro, operada pela ATG, deve começar suas operações no segundo semestre de 2025, afirmou o CEO da empresa brasileira de tecnologia detentora de plataforma de negociação eletrônica no mercado.

De acordo com Cláuido Pracownik, até o final deste ano a estrutura da nova bolsa estará pronta e os testes serão realizados no primeiro semestre do próximo ano.

Ele destacou que a bolsa do Rio irá negociar as mesmas ações da B3, incluindo os papéis das blue chips Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4). E acrescentou que Brasil e Espanha são os únicos países do G20 com apenas uma bolsa de valores, enquanto EUA tem mais de 15 opções.

O executivo afirmou que a nova bolsa também buscará operar nos mercados de derivativos e de câmbio.

Pracownik não descartou a abertura de capital via uma oferta inicial de ações. “Qualquer projeto grande e sério sonha em um IPO”, disse.

Ele ainda afirmou que o objetivo da nova bolsa não é “roubar mercado ou clientes” da B3, mas aumentar o volume de negociações no país, que ele afirmou ser ainda muito baixo para o potencial econômico do Brasil.

“Temos respeito pela B3, temos que trabalhar em conjunto para aumentar o volume do país. O nosso mercado está muito pequeno e precisa crescer”, afirmou. “Concorrência traz eficiência; natural que um monopolista quando confrontado com a concorrência adote medidas para se proteger, manter margem e market share.

Segundo ele, reuniões com representantes da B3 têm sido realizados durante o processo de implementação da bolsa do Rio e que as conversas tem sido “positivas”.

As declarações ocorreram após a sanção pelo prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, do projeto de lei que cria incentivos e abre espaço para instalação da bolsa de valores na cidade. Paes afirmou que pode conceder novos incentivos para as operações de bolsa no futuro.

O PL 3276/2024 prevê a redução do Imposto Sobre Serviços (ISS) para 2%, dos atuais 5%, para atividades de bolsa.

Bolsa no Rio de Janeiro

A cidade foi sede da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro (BVRJ) de 1820 até 2002, quando ela foi descontinuada, sendo incorporada pela Bolsa de Valores de São Paulo, atualmente a B3.

No início do mês, o pedido para a abertura da bolsa carioca já foi protocolado no Banco Central e na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a expectativa é que as permissões sejam concedidas até o fim do ano.