Já pensou em como vai passar a sua empresa para seu filho? Pouca gente sabe
Menos da metade dos líderes familiares tem plano de sucessão, aponta uma pesquisa da consultoria KPMG com líderes de empresas familiares de 33 países.
Apenas 47% têm planos de sucessão, com orientações específicas sobre quem assumirá o controle. Já 53% deles disseram que não têm um projeto de aposentadoria formal.
Outra constatação é que o desejo de manter a empresa dentro da família é maior quando o líder atual tem filhos e, quando isso não ocorre, há mais propensão a vender o negócio.
“O trabalho apontou que a transferência da propriedade e do controle da gestão de uma geração para outra pode ser um dos fatores mais importantes na continuidade da empresa familiar para manter a identidade, marca e reputação. Por isso, escolher o sucessor correto, no momento certo, é uma das decisões capazes de garantir o sucesso contínuo dos negócios”, observa o sócio-líder da KPMG Private Enterprise no Brasil e América do Sul, Jubran Coelho.
Sem filhos?
Segundo o estudo, para os empreendedores que não possuem filhos, há alternativas como: permanência do líder como proprietário, mas atribuindo funções de gestão a um executivo do mercado; transferência da propriedade por meio de uma venda a terceiros ou investimento em private equity; e abertura do capital, por meio de um IPO (Oferta pública inicial).
A pesquisa da KPMG “A coragem de fazer escolhas sábias – por que a decisão de sucessão pode ser um momento decisivo na empresa familiar” foi realizada em parceria com o Consórcio Global do Projeto Successful Transgenerational Entrepreneurship Practices (STEP).
Foram ouvidos 1.800 líderes de empresas familiares de 33 países na Europa, Ásia Central, América do Norte, América Latina, Caribe, Ásia, Pacífico, Oriente Médio e África. O relatório, que acaba de ser publicado, refere-se ao ano de 2019, mas, complementarmente, realizaram-se cerca de 30 entrevistas após a eclosão da covid-19, em março do ano passado.