Já é 2018 no Brasil, avalia Rio Bravo
“2018 começou.” É assim que a gestora de recursos Rio Bravo Investimentos inaugura o relatório referente ao desempenho de seus ativos em outubro. O texto enfatiza os “ventos pró-mercado” na corrida eleitoral como oportunidade de surgimento de novas ideias diante do problema fiscal.
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“O desmonte dos aumentos de despesa empreendidos pelos governos petistas ainda não ocorreu e talvez requeira um tanto mais de ousadia e criatividade do que é possível ver acontecer no governo de Michel Temer. Tudo se passa como se as reformas necessárias para recompor a saúde fiscal do Estado estivessem logo adiante e muitos já dessem o assunto como fato consumado”, escreve a equipe de gestão.
A incerteza sobre 2018 é uma grande sombra que se projeta sobre as boas notícias da recuperação da atividade, da queda dos juros e acerca das contas externas, afirma o documento da casa fundada pelo ex-presidente do Banco Central Gustavo Franco. Em setembro, ele anunciou sua desfiliação do PSDB e migração para o Partido Novo.
A carta da Rio Bravo faz um paralelo do pleito do ano que vem com a eleição de 1989: aberta, “com visíveis desejos de mudança e de desafio ao establishment partidário, mas a diferença básica é que a economia está recuperando e a inflação está perfeitamente controlada”. Neste contexto, acrescenta, não está claro se o governo conseguirá usufruir algum dividendo politico disso.
Quanto à gestão de ativos em outubro, a gestora diz que atravessou um mês “desafiador para ativos de risco”. Os fundos multimercados, na maioria, ficaram com desempenho abaixo do CDI (+0,65%) e os fundos de ações acompanharam a volatilidade do Ibovespa – após chegar a subir mais de 3% ao longo do mês, zerou a alta no fim e fechou com variação de 0,02%.
“Apesar do otimismo com o possível fim do ciclo recessivo, fatores incontroláveis oriundos do nosso complexo ambiente político hoje e em 2018 (eleições) pedem moderação.”