Opinião

Ivan Sant’anna: Prepare-se! O bull market vem aí!

18 fev 2019, 11:33 - atualizado em 18 fev 2019, 11:33

Mercados

Nota do editor: Você está recebendo a segunda newsletter da série especial Na Alta da Bolsa, elaborada para te mostrar a perspectiva da equipe da Inversa para o mercado acionário. Os comentários de hoje são do Ivan Sant’Anna, que explica os motivos para acreditar no bull market. E se você quer aprender os primeiros passos para se tornar um investidor e ainda aproveitar a tendência de alta da Bolsa, não perca o primeiro vídeo da série “Como faço para investir meu dinheiro?”, que vai ao ar amanhã.

Ivan Sant’anna, autor das newsletters de investimentos Warm Up Inversa e Os Mercadores da Noite

Caro leitor,

Se a fase gloriosa que o mercado brasileiro de ações está vivendo começou desde que os investidores se conscientizaram que o impeachment de Dilma Rousseff eram favas contadas, como posso estar afirmando, só agora, que “o bull market vem aí”?

Antes de mais nada, é preciso lembrar que toda alta de respeito da Bolsa mescla grandes saltos com mergulhos assustadores. O importante é que nesse sobe e desce o padrão seja de higher highs, higher lows.

Explico melhor. É como se fosse uma montanha-russa ao contrário. No brinquedo dos parques de diversões, o ponto mais elevado é o primeiro, aquele após o trenzinho subir tracionado por uma cremalheira.

Na descida, como ela se dá por gravidade, cada topo é menor do que o anterior. Ou seja, a montanha-russa dos parques é um bear market.Começa lá de cima e só faz cair, embora suba diversas vezes.

O detonador dessa nova onda de compra que nós da Inversa esperamos para os próximos meses, quem sabe anos, será a aprovação, ou a expectativa da aprovação, pelo Congresso Nacional, da Reforma da Previdência.

A esta altura o caro amigo leitor poderá questionar:

“Pô, Ivan. Como é que você sabe que a reforma irá passar?”

“Boa pergunta”, respondo. “Certeza total eu não tenho nem de que estarei vivo quando você for ler este comentário. Mas como sei que, sem uma forte redução do déficit previdenciário, o Tesouro quebra, ou então o Brasil volta para a era da inflação descontrolada (inflação essa que financia todos os déficits; vide Venezuela), posso apostar (e, ao escrever isso, estou apostando) que a PEC da Previdência será aprovada.”

O alcance da reforma (idade mínima, regras de transição, inclusão dos servidores públicos civis e militares) é que determinará a dimensão do bull market. Mas estou convicto de que em meados deste ano teremos as alterações no sistema de pensões e aposentadorias, já que ele faliu.

Outro fator que me deixa otimista com relação a um bom desfecho na votação da PEC nas duas casas do Congresso é a ausência de protestos.

Não estou me referindo a xingamentos nas redes sociais e sim aos “exércitos” do Stédile, às passeatas da CUT, dos Sem-Terra, do PT e de todos os movimentos que poderiam se opor às reformas.

Jair Bolsonaro foi eleito com 57,8 milhões de votos com a promessa explícita de que iria mudar o sistema previdenciário, enxugar a máquina paquidérmica do governo e privatizar estatais.

Agora que assumiu de verdade em Brasília, terá de arregaçar as mangas e, apesar de alguns fogos “amigos”, cumprir o que prometeu.

Na hora que os investidores externos perceberem que o Brasil vai voltar a crescer, os dólares (que não entraram até agora) vão fluir para a Bolsa de Valores.

Vale a pena estar posicionado desde já. Escolha suas ações, se posicione no índice futuro. Entre no jogo. As perspectivas de vitória são grandes.

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“E quando vai terminar esse formidável bull market?”, quem sabe algum leitor irá me perguntar.

“Bem, amigo, se eu soubesse essa resposta, dividiria meu tempo entre a Inversa e a função de estrategista-chefe da Berkshire Hathaway”. Para quem não sabe, é a holding de Warren Buffett, um matuto que mora (na mesma casa há 62 anos) e trabalha em Omaha, Nebraska.

   Lá, ele converte lógica em dinheiro.