Economia

Itens ligados ao consumo seguem bastante deprimidos, diz agência Austin Rating

09 out 2019, 11:32 - atualizado em 09 out 2019, 11:34
Para o economista-chefe da agência de risco, nem a Selic vai mudar o cenário (Imagem: Dario Pignatelli/Bloomberg)

IPCA de setembro mostra que itens mais relacionados à atividade continuam bastante deprimidos porque empresas não têm espaço para colocar margem de preço, diz Alex Agostini, economista-chefe da Austing Rating, em entrevista por telefone.

“Deflação, quando não é motivada por fatores sazonais, é sintoma de uma economia fraca. Por um lado, mantém espaço para queda da taxa de juros, por outro, continua mostrando que economia precisa urgentemente de mudança de rumo”

Para economista, não é a Selic que vai mudar o cenário. O que mudará é um resgate da confiança dos investidores e passa pela aprovação da reforma da Previdência, que ainda não aconteceu

Mesmo com o dado, Agostini vê piso da Selic em 4,75% e ainda antevê alta da taxa nominal no próximo ano, indo gradativamente para 6% no fim de 2020 considerando que a execução da política monetária a partir de julho mirará 2021, quando a meta é de 3,75%

Em 2021, consolidado o cenário de aprovação das reformas, economia deve reagir e havera a pressão dos preços administrados, que terá de ser combatida com juros

Nota: IPCA com -0,04% confirmou o prognóstico do economista, o mais baixo entre os consultados pela Bloomberg; Agostini já defendia que o corte de Selic deveria ter sido iniciado no Copom de maio, quando era a voz dissonante pela flexibilização naquele momento

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