Itaúsa (ITSA4), Vale (VALE3) e mais: 5 ações para lucrar com dividendos em junho, segundo Ágora
A Ágora Investimentos manteve sua carteira de dividendos sem alterações para o mês de junho. A corretora afirmou que avaliou a composição como “adequada” para o novo mês.
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De acordo com a corretora, com os resultados no 1T24, que apresentaram um lucro líquido de R$ 1,84 bilhão, a BB Seguridade (BBSE3) se mantém nas expectativas desse ano.
Além disso, “as ações continuam oferecendo rendimento atrativo de dividendos em torno de 10% para o ano”, ressalta. Isso também deve fornecer um “colchão”, especialmente em um contexto de sentimento de aversão ao risco.
Dividendos da Cemig (CMIG4)
Para a Cemig, a Ágora destaca que a federalização da Cemig parece improvável, ou pelo menos muito difícil de executar. “Isto não quer dizer que o cenário de federalização tenha sido posto de lado para sempre, mas a realidade é que concretizá-la pode ser demasiadamente difícil”.
Por outro lado, a corretora não considera um cenário de possível retorno das discussões sobre privatização. Contudo, por a Cemig ser uma empresa estatal “muito bem administrada”, a Ágora enxerga um espaço para aumento dos dividendos do exercício fiscal de 2024.
Recentemente, a companhia vendeu sua participação de 45% na Aliança Energia por R$ 2,7 bilhões para a Vale. Por si só, a venda gerará um rendimento de dividendos adicional de 3%, elevando o rendimento total de dividendos do ano para pelo menos 10,5%.
“Lembramos que pode haver uma segunda etapa de aumento de dividendos se a Cemig negociar com sucesso uma redução de sua provisão de plano de saúde no 2º semestre de 2024, o que implicaria um rendimento adicional de quase 2%, levando o total de 2024 para quase 13%”, afirma.
Dessa forma, isso tornaria o rendimento de dividendos de 2024 da Cemig o mais alto na cobertura, ao mesmo tempo que manteria a alavancagem contida (sem risco para os covenants de dívida).
As recomendações de Compra
A Itaúsa (ITSA4) registrou um aumento anual de 38,1% no lucro líquido recorrente no primeiro trimestre, fazendo a Ágora manter a recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 13,70.
De acordo com a corretora, os dividendos da empresa continuam sendo um grande direcionador para as ações, além de oferecerem algum nível de proteção aos investidores.
“Continuamos a acreditar que as discussões sobre mudanças nos juros sobre capital próprio (JCP) sejam as mais importantes para a tese de Itaúsa –pois eliminaria algumas ineficiências tributárias e contribuiria para a redução do desconto que as ações guardam em relação ao valor de mercado da participação em suas investidas”, ressaltam.
Dividendos da Vale (VALE3)
O preço-alvo recomendado para a Vale (VALE3) é de R$ 92. A Ágora destacou que, com as medidas mais fortes para consertar o assolado mercado imobiliário chinês, essa política tem poder de reaquecer o mercado na China.
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“Em consequência disso, isso manterá os preços do minério de ferro em níveis elevados, em função da maior demanda por aço”, afirma.
Enquanto isso, a Vale vem sendo negociada a, aproximadamente, 3,7x o múltiplo EV/EBITDA para 2024, o que, na visão da corretora, não parece justo à luz desse cenário que se emoldura.
Dividendos da Vivo (Telefônica Brasil)
Por fim, para a Vivo (VIVT3), a Ágora mantém o preço-alvo de R$ 59, sendo sua principal escolha no setor. Com isso, a corretora espera que a forte execução da companhia continue.
“Em relação aos dividendos, a Vivo deverá manter um payout de pelo menos 100% do seu lucro, embora este valor inclua a redução de capital de R$ 1,5 bilhão (a ser pago em julho). Portanto, acreditamos que haveria espaço para a empresa aumentar a remuneração dos acionistas”, destaca.
A corretora projeta um dividendo total de R$ 5,9 bilhões para 2024, o que implica um rendimento via dividendos de 7,8%.
Dividendos: veja as indicações da Ágora para junho
| Empresa | Ticker | Dividend Yield 2024 |
|---|---|---|
| BB Seguridade | BBSE3 | 10,1% |
| Cemig | CMIG4 | 8,6% |
| Itaúsa | ITSA4 | 7,0%% |
| Vivo | VIVT3 | 7,8% |
| Vale | VALE3 | 8,8% |
