Itaúsa (ITSA4) reduz dívida, e quem pode ganhar é você (na forma de dividendos)
Ontem (20), após o fechamento do mercado, a Itaúsa (ITSA4) divulgou seus resultados do 4T22, que vieram em linha com a expectativa. O lucro líquido ficou em R$ 3,3 bilhões (-19% a/a), com retorno sobre patrimônio líquido (ROE) de 18,7% (-7,3 p.p. a/a).
Enquanto o resultado em si foi impactado pelos negócios cíclicos do conglomerado, a redução de alavancagem é notável, podendo abrir espaço para um aumento de dividendos no médio prazo, na nossa visão.
O resultado recorrente das empresas investidas, maior componente do lucro consolidado, foi de R$ 3,0 bilhões, queda anual de 16%.
Resultados da Itaúsa (ITSA4) foram impulsionados pelo Itaú Unibanco e a Copa Energia
Na ponta positiva, contribuíram os resultados de Itaú Unibanco (+8% a/a) e de Copa Energia (+461% a/a), esta última influenciada pelas sinergias com a adquirida Liquigás.
Já na ponta negativa, os resultados de XP (-60% a/a), Dexco (-43% a/a), Alpargatas (-55% a/a) e NTS (-102% a/a) foram os principais detratores. No caso de XP, a queda vem tanto da performance operacional da investida (-21% a/a) quanto da redução de participação por parte da Itaúsa, que diminuiu seu percentual na fintech de 13,7% no final de 2021 para 6,6% no final de 2022.
Por sua vez, o resultado próprio da holding foi de R$ 810 milhões, crescimento anual de 13%. A alta vem principalmente do ganho de capital com a venda de participação na XP. Durante a teleconferência de resultados, os executivos da companhia afirmaram que seguem com o objetivo de zerar a participação na investida, à medida que o mercado abre janelas favoráveis.
Após as despesas financeiras e imposto de renda, o lucro líquido ficou em R$ 3,3 bilhões, com ROE de 18,7%.
Redução da alavancagem é a melhor notícia do resultado
O grande destaque positivo…