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Itaúsa (ITSA4) promete engordar dividendos “no médio prazo”

16 ago 2022, 12:46 - atualizado em 16 ago 2022, 13:01
Itaúsa
“No médio prazo, daqui dois, três, quatro anos, vamos ver essas empresas, que atravessam fase de crescimento, diminuindo o investimento e reduzindo dívida”, disse Setubal (Imagem: Itausa)

A Itaúsa (ITSA4) não vai renovar um programa de recompra de ações que se encerra neste mês, apesar de não o ter executado integralmente, afirmou o presidente da holding controladora do  Itaú Unibanco (ITUB4), Alfredo Setubal, em apresentação a investidores e analistas nesta terça-feira.

Questionado várias vezes ao longo da conferência sobre quando a holding poderá elevar os pagamentos aos acionistas, Setubal afirmou que a companhia atravessa neste momento um “vale” em que está aguardando a execução dos planos de crescimento das empresas investidas antes de poder elevar os retornos.

“No médio prazo, daqui dois, três, quatro anos, vamos ver essas empresas, que atravessam fase de crescimento, diminuindo o investimento e reduzindo dívida”, disse Setubal. “E isso vai se refletir no aumento de dividendos, não tenho dúvida”, acrescentou o executivo sem fazer projeções precisas.

Segundo ele, o nível histórico de pagamento de dividendos da Itaúsa é da ordem de 40% a 50% do resultado. Atualmente a empresa tem pago o mínimo do estatuto, 25%.

Ele explicou que, “infelizmente”, a Itaúsa perdeu oportunidade de executar integralmente o programa de recompra em momento em que o preço da ação estava mais baixo e agora, por uma questão de restrição de fluxo de caixa futuro diante de despesas financeiras por causa da alta de juros, a companhia “não tem condição de recomprar ações”.

“À medida que a taxa de juros caia e que possamos ter um fluxo de caixa mais folgado, vamos abrir, sem dúvida, um novo programa (de recompra) no médio prazo”, disse Setubal.

Segundo o executivo, a venda de ações da XP segue nos planos da companhia, sendo mais casada com a amortização de dívidas. Os recursos dessa alienação, eventualmente, poderão também ter outros usos, disse ele, citando como exemplo a aquisição recente de participação na CCR, algo que a holding espera concluir neste mês.

Questionado se a Itaúsa tem planos para novas aquisições após a entrada no capital da CCR, Setubal afirmou que Itaúsa não tem “neste momento” nenhum plano nesta frente, preferindo consolidar os investimentos realizados e desalavancar a holding.

Apesar de considerar o nível de endividamento da Itaúsa como “bastante adequado”, podendo “até ser um pouco” maior, Setubal disse que isso não é uma política de curto prazo da empresa, que prefere se manter conservadora na alavancagem.

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