Itaúsa (ITSA4) passa por ‘vale’ em dividendos; hora de comprar ação?
A Itaúsa (ITSA4) passa por um “vale”, com dividendos em valores mais baixos do que a média histórica, e deve continuar a distribuir menos proventos, segundo o CEO da companhia, Alfredo Setubal, notaram analistas.
O posicionamento da empresa decorre de maiores investimentos que as companhias na qual a Itaúsa detêm participação têm feito. O Itaú também está distribuindo menos dividendos porque a carteira de crédito está crescendo, disse o CEO.
“Setubal disse que um menor rendimento de dividendos se justifica por um bom motivo: os acionistas precisam entender que a contrapartida de um fluxo de caixa momentaneamente menor é um crescimento mais forte do patrimônio da holding”, comentou o BTG Pactual, em relatório assinado por Eduardo Rosman e equipe.
Historicamente, a Itaúsa distribuiu 40% do seu lucro em dividendos ou juros sobre capital próprio. Hoje, esse percentual está mais baixo. Para a Empiricus, os menores proventos da holding justificam uma preferência pela ação do Itaú Unibanco (ITUB4) no curto prazo.
A casa de análises, em relatório assinado por Larissa Quaresma, disse que o banco deve ter um payout maior e destacou que a companhia tem modelo de negócios mais defensivo para um momento de desaceleração econômica, “quando comparado às demais investidas do conglomerado, principalmente Alpargatas (ALPA4) e XP (XP)”.
Para além dos dividendos da Itaúsa
Entre as principais posições da Itaúsa, o Itaú deve apresentar forte crescimento em carteira de crédito e investimentos acelerados no digital, disse o BTG.
A Alpargatas dará continuidade à sua estratégia de internacionalização, impulsionada pela compra da Rothy’s no ano passado.
“Setubal disse que a XP é um ativo não essencial para a Itaúsa, já que sua exposição ao setor financeiro deve ser limitada ao Itaú, o que significa que continuará vendendo ações da XP em 2023, com os recursos sendo usados principalmente para reduzir a dívida da holding”.