Itaúsa (ITSA4) menos atrativa? O que Goldman Sachs diz sobre o desconto da holding
O Goldman Sachs cortou a recomendação da Itaúsa (ITSA4) de “compra” para “neutro”, além de ter reduzido o preço-alvo de R$ 10,70 para R$ 10.
A atualização é justificada pela queda do desconto para o valor patrimonial líquido, que saiu de um pico de 28% em setembro para 19% atualmente.
Em relação ao preço-alvo, a revisão segue a recente atualização da tese da XP (XP), cujo alvo foi reduzido de US$ 35 para US$ 30. Para Itaú (ITUB4), Dexco (DXCO3) e CCR (CCRO3), os preços-alvo ficaram inalterados em R$ 30, R$ 10,91 e R$ 15,50, respectivamente.
Segundo o Goldman Sachs, o desconto pode estreitar mais, principalmente se a Itaúsa der continuidade ao processo de desinvestimento de sua fatia na XP, que já caiu de 13,7% no início de 2022 para 6,4%.
A instituição também levanta a possibilidade de a holding realizar novas aquisições para diversificar seus negócios, o que poderia criar riscos adicionais.
“Embora a gente acredite que novas aquisições podem ajudar gradualmente a diversificação de receitas, consideramos potenciais riscos de execução associados à adição de novos investimentos no portfólio”, comentam Tito Labarta, Tiago Binsfeld, Beatriz Abreu e Nicholas Walker, em relatório enviado a clientes nesta terça-feira (31).
O Goldman Sachs revisou o desconto para o valor patrimonial líquido esperado à Itaúsa, de 16% para 19%, uma vez que não espera fortes gatilhos que poderiam levar a mais reduções.
O banco destaca que a Itaúsa é negociada a um desconto para o valor patrimonial líquido de 19,2%, acima da média de cinco anos de 15,4%, e a um desconto de 9,2% para o Itaú, comparado com o desconto médio de cinco anos de 0,2%.