Itaúsa é barata e combina crescimento com qualidade, diz Goldman Sachs
O Goldman Sachs atualizou a recomendação da Itaúsa (ITSA4) de neutra para compra, com preço-alvo de R$ 12 — potencial de elevação de 26% ante o último fechamento.
Segundo o banco, o papel está barato e une ativos que combinam crescimento, com a participação na XP (XP), e qualidade, com o Itaú (ITUB4).
Além disso, o Goldman elevou as estimativas de lucro da holding em 6% para 2021, em 5% para 2022 e 3% para 2023, refletindo as estimativas de crescimento do Itaú e da Dexco (DXCO3).
Pelos cálculos, a empresa negocia com um desconto de valor patrimonial líquido (NAV, em português) de 24% e 3,4% em relação ao Itaú.
Os riscos, segundo os analistas, incluem a recessão econômica mais forte do que o esperado no Brasil e o potencial riscos de execução de novos investimentos.
Como será o resultado do Itaú?
Com grande participação no portfólio da Itaúsa, os lucros do Itaú interferem diretamente nos resultados da holding.
Na visão dos analistas do UBS-BB, o banco terá boas tendências operacionais, com destaque para as margens, que devem crescer ainda mais, com o NII (receita líquida de juros) encerrando o ano próximo ao topo da projeção do banco.
O UBS lembra, em relatório recente, que as margens dos clientes do Itaú caíram significativamente em 2020, mas já mostraram uma recuperação considerável no último trimestre.
Já a receita líquida de juros, diferente dos outros bancos, não atingiu o nível pré-covid, mesmo considerando uma carteira de crédito muito maior.
“Isso mostra oportunidade de margem adicional de expansão daqui para frente”, completa.
Apesar disso, o banco terá elevação de custos de cerca de 2,7% em 2021. O trio de analistas espera ainda elevação no índice de inadimplência e alguma redução do rácio de cobertura de NPL.
O UBS vê o Itaú lucrando R$ 7 bi no trimestre, com retorno sobre o patrimônio de 19,9%, ante os 19,7% do terceiro trimestre.
O Itaú divulga seus resultados em 10 de fevereiro.