Itaúsa: compra da Liquigás não deve influenciar resultados neste ano
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou nesta quarta-feira (18), com restrições, a venda da Liquigás, subsidiária de distribuição de gás de cozinha da Petrobras (PETR4), em um negócio que envolveu Copagaz, Itaúsa (ITSA4), Nacional Gás Butano (NGB) e Fogás.
Segundo a Itaúsa, em fato relevante enviado ao mercado, a operação não vai gerar impactos significativos nos resultados da holding deste ano.
“Este novo investimento está alinhado à estratégia de alocação de capital da Itaúsa e permite à companhia associar-se a um parceiro estratégico, a Copagaz, com valores compatíveis e com excelência operacional, que permitirá a captura de sinergias importantes e a entrada em um dos maiores mercados de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) do mundo”, informou a empresa no comunicado.
O órgão antitruste afirmou em comunicado que o aval à operação foi condicionado à assinatura de um Acordo em Controle de Concentrações (ACC), para assegurar que o compartilhamento de ativos e prestação de serviços entre concorrentes “não favoreça a adoção de práticas coordenadas pelas empresas”.
O relator do caso, conselheiro Mauricio Oscar Bandeira Maia, indicou que a operação foi notificada ao Cade no modelo “fix-it-first”, já apresentando “remédio embutido” para sanar possíveis problemas concorrenciais.
A Copagaz será a nova controladora da Liquigás, em conjunto com a Itaúsa, que deterá de 45% a 49,99% do capital social da Copagaz, enquanto NGB e Fogás participarão do negócio para solucionar possíveis preocupações concorrenciais em alguns Estados.
O modelo apresentado pelo consórcio, dessa forma, prevê o repasse de ativos da Liquigás para NGB e Fogás visando sanar questões de concorrência em dez estados.
Com informações da Reuters