Economia

Itaú reduz previsão de crescimento do PIB para 1% este ano e diz que juro tem de cair mais

13 maio 2019, 15:44 - atualizado em 13 maio 2019, 15:44
Banco reduziu as projeções de crescimento da economia brasileira em 2019 de 1,3% para 1,0% e de 2020, de 2,5% para 2,0%

Por Arena do Pavini

O Itaú reduziu as projeções de crescimento da economia brasileira em 2019 de 1,3% para 1,0% e de 2020, de 2,5% para 2,0%. O número é menor que o crescimento dos dois últimos anos, de 1,1% em 2017 e 2018.

Segundo o Departamento Econômico do banco, a evolução recente da atividade reforça a visão de que o ajuste fiscal e a redução de subsídios creditícios têm contribuído para uma queda da taxa de juros neutra, aquela que pode manter a inflação baixa mesmo com a economia crescendo. Por conta disso, a retomada do crescimento dependerá de um corte adicional dos juros, hoje em 6,5% ao ano, que não parece ser baixa o suficiente para estimular a economia local.

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O banco também revisou a estimativa de déficit primário para 2019 de 1,5% para 0,8% do PIB, após incluir a receita extraordinária esperada com o leilão da cessão onerosa do pré-sal. Para 2020, o banco piorou a estimativa de déficit de 1,0% para 1,1% do PIB. O cenário, segundo o Itaú, é estritamente dependente da aprovação da reforma da Previdência, cujo impacto em termos fiscais deve ser entre 50% e 75% da proposta enviada pelo governo, ou R$ 600 bilhões a R$ 900 bilhões, ante R$ 1,2 trilhão originais.

O Itaú manteve a projeção de taxa de câmbio em R$ 3,80 por dólar no fim de 2019 e R$ 3,90 em 2020. E espera uma inflação do IPCA de 3,6% neste ano e no próximo.

Diante desse cenário, o banco acredita que a fraqueza da atividade e a inflação baixa devem abrir espaço para novos cortes dos juros, mas este cenário continua sendo condicional à aprovação da reforma da Previdência.

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